Bolsonaristas que protestaram contra Moraes são condenados à prisão

Ministro do STF Alexandre de Moraes.

Dois apoiadores do presidente Jair Bolsonaro foram condenados pela Justiça de São Paulo por terem realizado um protesto em frente à residência do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O engenheiro Antônio Carlos Bronzeri e o autônomo Jurandir Pereira Alencar foram condenados a 19 dias de prisão, em regime aberto, por perturbação do sossego alheio.

Segundo a denúncia, que foi apresentada ao Ministério Público, Bronzeri e Alencar usaram um carro de som para protestar. Ainda de acordo com a denúncia, eles teriam chamado o ministro de “advogado do PCC”, “ladrão”, “canalha”, “veado” e “corrupto”. Um caixão havia sido acoplado ao veículo.

Para o Ministério Público, o protesto foi realizado com o objetivo de “intimidar” o ministro, que, dias antes, havia concedido uma liminar suspendendo a nomeação do delegado Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro, para a diretoria-geral da Polícia Federal.

Na defesa apresentada à Justiça, os bolsonaristas argumentaram que se posicionaram em frente ao prédio do ministro para realizar uma manifestação legítima, sem qualquer tipo de “ameaça, arruaça ou ato criminoso”. Segundo eles, a acusação distorceu os fatos ao desconsiderar que a confusão foi iniciada pelo ministro que, da sacada do seu apartamento, teria proferido ofensas gratuitas e provocações aos manifestantes.

O ministro primeiramente ofendeu e provocou os manifestantes, incitando-os a perder o controle para, então, poder abusar de sua posição, de sua influência e de seu cargo”, afirmaram à Justiça. Na sentença em que condenou os bolsonaristas, o juiz José Fernando Steinberg afirmou que ficou demonstrado no processo que eles “perturbaram o sossego alheio, com gritaria e algazarra“.

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