Auditoria do TCU indica que militares gastaram verba de enfrentamento à Covid com picanha e refrigerantes

O Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma auditoria e identificou que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas utilizaram recursos que deveriam ser destinados ao combate da pandemia da Covid-19 de forma irregular, comprando alimentos não essenciais.

Segundo o relatório, os militares gastaram R$ 703,4 mil para compra de picanha, filé mignon, salgados típicos de coquetel, sorvetes e refrigerantes. Contudo, o dinheiro público deveria ter sido utilizado para o reforço alimentar da tropa empregada em ações de enfrentamento à Covid-19, que vitimou mais de 700 mil vidas no país.

Os auditores relataram que as normas internas do Exército autorizam a compra de cortes bovinos nobres. Entretanto, por conta do contexto pandêmico, as aquisições infringriram os princípios da razoabilidade e do interesse público.

O relatório apontou que houve compra de 12 mil quilos de carne, que custaram R$ 447.478,96. Já o Exército Brasileiro se defendeu e alegou que os recursos enviados pelo Ministério da Saúde foram destinados ao ressarcimento dos gastos efetuados antecipadamente na logística de apoio ao combate da Covid-19.

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