
No início do mês o Senado elevou a vaquejada como manifestação cultural. (Foto: Arquivo)
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu como orientação para todos os promotores do Estado a atuação para coibir a realização das vaquejadas em Pernambuco por meio de ação civil pública com tutela inibitória, impondo aos realizadores desses eventos e donos de parques de vaquejada a obrigação de não fazer.
Segundo a Associação de Criadores de Quarto de Milha em Pernambuco (ACQM-PE), no Nordeste as vaquejadas geram cerca de 120 mil empregos diretos e 600 mil empregos indiretos.
ENTENDA A PROIBIÇÃO
Em 06 de outubro, o STF derrubou uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada como uma prática desportiva e cultural. “A atividade de perseguir animal que está em movimento, em alta velocidade, puxá-lo pelo rabo e derrubá-lo (…) configura maos-tratos. Inexiste a mínima possibilidade de o touro não sofrer violência física e mental quando submetido a esse tratamento”, entendeu o ministro relator Marco Aurélio Mello. O processo foi movido pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Deputados do Nordeste e produtores trabalham para tentar reverter a decisão, inclusive com a apresentação de uma Proposte de Emenda à Constituição (PEC). Além do valor cultural e da importância econômica das vaquejadas, o grupo alega que são tomadas medidas nas vaquejadas atuais que previnem e coibem os maus-tratos contra os animais.
Com informações do JCOnline