Seis espécies de cochonilhas-de-escama foram identificadas pela primeira vez no Submédio do Vale do São Francisco, principal região produtora de frutas tropicais do Brasil.
Detectadas em pomares de manga e uva, essas pragas podem causar graves danos às culturas e, em alguns casos, levar à morte das plantas, comprometendo a qualidade e o desenvolvimento dos frutos.
A Embrapa Semiárido alerta que as cochonilhas-de-escama provocam descoloração e deformações, além de se fixarem à cascata, o que compromete a aparência do produto mesmo após a morte das pragas. Entre as espécies identificadas, a Aonidiella orientalis possui presença mundial, enquanto a Aonidiella comperei foi observada em mangueiras da região pela primeira vez.
A pesquisa ressalta a importância do monitoramento precoce para evitar a propagação das cochonilhas. As amostras foram enviadas ao Centro Estadual de Pesquisa Agronômica, no Rio Grande do Sul, onde passaram por análise especializada.
Os resultados, publicados no International Journal of Tropical Insect Science, registraram essas espécies no banco de dados do Museu de Entomologia Professor Ramiro Gomes Costa, contribuindo para o controle de diretivas e a segurança da produção agrícola local.