Três vereadores e mais 10 pessoas são presos em operação contra grupo ligado ao PCC suspeito de fraudar licitações

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagrou, na manhã desta terça-feira (16), uma operação visando desarticular um grupo criminoso ligado à facção Primeiro Comando da Capital (PCC) suspeito de fraudar licitações em todo o estado.

Três vereadores de diferentes cidades paulistas foram presos, juntamente com outras 10 pessoas, como parte da ação. A investigação aponta que esses parlamentares teriam recebido propina para beneficiar empresas do grupo em contratos de prestação de serviços de limpeza e vigilância nas câmaras municipais.

Segundo o MP, os vereadores ficarão detidos por cinco dias, a fim de preservar as investigações, podendo este prazo ser estendido. A quadrilha, alegadamente ligada ao PCC, operava por meio de várias empresas, falsificando concorrências para vencer licitações e estabelecer contratos com diversas prefeituras e câmaras municipais para terceirização de mão de obra.

A atuação do grupo contava com o apoio e a participação de agentes públicos, incluindo vereadores. Os contratos envolviam serviços de limpeza e postos de vigilância em prédios públicos, totalizando mais de R$ 200 milhões nos últimos anos.

Conforme explicado pelo promotor Yuri Fisberg, as empresas investigadas estavam associadas a membros do PCC ou registradas em nome de “laranjas”. Funcionários dessas empresas participavam de licitações simuladas para concorrer a contratos em câmaras, prefeituras e órgãos estaduais.

Na região da Baixada Santista, por exemplo, foram realizadas três prisões.  Além dos 15 mandados de prisão temporária, a 5ª Vara Criminal de Guarulhos expediu mandados de busca e apreensão em 42 endereços. O material apreendido foi encaminhado à sede do MP na capital.

A operação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP, em conjunto com a Polícia Militar.

As informações são do G1

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