Professores de 27 universidades federais aprovam greve a partir de quinta-feira

(Foto: Internet)

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Segundo a Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), principal sindicato da categoria, professores de ao menos 27 universidades federais de Estados como Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, aprovaram greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (24).

A mobilização critica a PEC do Teto de Gastos e a Medida Provisória que reforma o ensino médio, que foi proposta pelo governo Michel Temer (PMDB).

“A conjuntura política está cada vez mais acirrada, a PEC foi aprovada na câmara sem discussão nenhuma com a sociedade. Por isso, sentimos a necessidade de ampliar a mobilização contra essas medidas”, disse Eblin Farage, presidente da Andes.

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Governo deve cortar até 45% das verbas para as universidades federais

Instituição diz que "reforça o coro das instituições que lutam pela restauração e fortalecimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação/Foto:arquivo

O MEC não detalha as cifras específicas de custeio e investimento/Foto:arquivo

O governo federal prevê cortar até 45% dos recursos previstos para investimentos nas universidades federais em 2017, na comparação com o orçamento deste ano. Já o montante estimado para custeio deve ter queda de cerca de 18%. Segundo cálculos de gestores, serão cerca de R$ 350 milhões a menos em investimentos para as 63 federais – na comparação com os R$ 900 milhões previstos para o setor neste ano. As instituições já vivem grave crise financeira, com redução de programas, contratos e até dificuldades para pagar contas.

A previsão de recursos para 2017 foi publicada nesta semana no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle, portal do Ministério da Educação (MEC) que trata do orçamento. Os valores – que ainda podem passar por revisão – devem ser incorporados ao Projeto de Lei Orçamentária Anual, que o Executivo enviará ao Congresso Nacional até o fim de agosto.

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Professores das universidade estaduais da Bahia protestam e paralisam atividades por 24h

A paralisação nas universidades ocorrem em protesto ao “reajuste zero” do servidor público no estado e à redução no orçamento da universidades. Foto: internet

Na Bahia nesta terça-feira(24), os professores das universidades estaduais (Uneb), de Santa Cruz (Uesc) e do Sudoeste Baiano (Uesb),  insatisfeitos com a falta de reajuste nos salários e  e à redução no orçamento da universidades, resolveram paralisar suas atividades por 24h.

Em várias cidades do Estado foram feitas bloqueando pistas e usando faixas com dizeres: “Contra os ataques do governo Ruim Corta”, ironizam os manifestantes.

Segundo dados foram cortados R$ 73 milhões  do custeio e investimento das universidades estaduais desde de 2012.

Em Juazeiro, Norte da Bahia, a Uneb informou a nossa redação que houve paralisação apenas de alguns professores, a maioria compareceu ao campus e deu aula normalmente.

A única universidade que não aderiu ao protesto foi a Universidade Estadual de Feira de Santana.

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