Senado aprova novas regras para precatórios e acata emenda de Fernando Bezerra

Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Participam: senador Renan Calheiros (PMDB-AL); senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE);  senador José Agripino (DEM-RN);  senador Vicentinho Alves (PR-TO);  senador Waldemir Moka (PMDB-MS). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A Proposta de Emenda à Constituição 152/2015, que cria novo regime especial para o pagamento de precatórios (débitos públicos decorrentes de condenações judiciais) foi aprovada pelo Senado, na noite desta quarta-feira (13). A matéria foi aprovada acolhendo emenda apresentada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que reduz o percentual que estados e municípios das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste terão que recolher.

De acordo com esta emenda, que também beneficia os estados e municípios cujo estoque de precatórios pendentes das administrações direta e indireta corresponder a até́ 35% do total da Receita Corrente Líquida, ao invés de 1,5% da Receita Corrente Líquida, o percentual mínimo – para estas três regiões – deverá ser reduzido para 0,5%.

De acordo com a PEC, para quitar as dívidas vencidas ou a vencer, os estados e municípios deverão depositar mensalmente, e em conta especial, 1/12 do valor calculado percentualmente sobre as respectivas Receitas Correntes Líquidas, apuradas no segundo mês anterior à data de pagamento.

“Acredito que, agora, temos um texto adequado, ideal, importante, que responde à angústia e aos reclamos dos estados da federação brasileira. Estamos dando um passo importante para responder às marchas dos governadores e dos prefeitos (a Brasília) e mostrando que este Senado Federal está à altura do desafio e do tamanho da crise que o Brasil hoje vive”, destacou Fernando Bezerra.

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Vereador acusa prefeito de Casa Nova de usar recursos dos precatórios da educação indevidamente

Wilson Cota

O prefeito de Casa Nova-BA, Wilson Cota (PMDB), está sendo denunciado pelo vereador João Honorato (PP) de utilizar indevidamente os R$ 92,4 milhões, referente aos Precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), destinados a educação do município o que segundo o edil configura crime de improbidade administrativa.

“Só em máquinas de estrada, o prefeito pagou em dezembro, 2,5 milhões desses recursos. Ele pegou da conta livre, jogou na conta do royalties e pagou essas máquinas. Ele pagou 316 mil em processos para uma empresa de comunicação da região, aqui do Vale. Pagou 427 mil de combustível de diversas secretarias, como a de obras, saúde, esporte e lazer. Então há um desvio de finalidade enorme. Só em dezembro são mais de 20 milhões de reais” afirmou Honorato.

Juntamente com outros vereadores da oposição João Honorato esteve no Ministério Público Federal e no Tribunal de Contas dos Municípios, onde teve acesso a uma consulta feita pelo município de Cipó, questionando como esses recursos deveriam ser aplicados “e tudo leva a crer que Casa Nova está cometendo um crime de improbidade”, afirmou.

João Honorato disse ainda que Cota está usando os recursos que são da educação indevidamente para consertar erros de sua gestão e que essa prática vai comprometer as próximas gestões. “Por que quando o TCM chegar no final de 2016 e for analisar as contas de 2015 e chegar no final de 2017 e olhar as contas de 2016, com certeza vai mandar que o futuro gestor devolva esses recursos para a educação e Casa Nova não receberá mais R$ 92 milhões como recebeu em 2015″.

Em Casa Nova fazem parte da bancada de oposição ao Prefeito, os vereadores João Honorato(PP), Wanderlin (PC do B),Paulo Sérgio (PROS),Gilmar (PT ), Aldo (PROS) e Leonardo (PSD).

Governadores reunidos pedem prorrogação para prazo de precatórios

Governadores reunidos 01.2.16

O governador Paulo Câmara participou na tarde de hoje (1º) da segunda reunião do Fórum Permanente de Governadores, que acontece na Residência Oficial de Águas Claras, sede do Governo do Distrito Federal. A iniciativa tem o objetivo de elaborar medidas que possam melhorar o ambiente econômico do País e ajudar os Estados e o DF a superarem a crise nacional. Todos os chefes do Executivo estadual foram convidados. Vinte governadores e cinco vice-governadores estão presentes no encontro. Apenas Ceará e o Rio Grande do Norte não contam com representantes.

A primeira reunião do fórum ocorreu em 28 de dezembro de 2015, também na Residência Oficial, tendo o governador do DF, Rodrigo Rolemberg, como anfitrião. Na ocasião, uma lista com seis ações de curto prazo foi elaborada por gestores de nove Estados e pelo de Brasília, Rodrigo Rollemberg. No mesmo dia, o documento foi apresentado para o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Uma das ideias do fórum é a retomada das operações de créditos nos Estados, que precisa de autorização do Governo Federal. Essas operações ajudariam a estimular a geração de emprego e renda. Quanto à dívida dos executivos estaduais com a União, uma das propostas da lista foi a utilização dos recursos de compensação previdenciária a que os Estados têm direito para abater parte dos débitos. Os governadores também sugeriram que seja feita uma rediscussão do refinanciamento das dívidas.

Como primeiro resultado do Fórum Permanente de Governadores, foi publicado o Decreto Federal nº 8.616, de 29 de dezembro de 2015, que estabelece novos critérios de indexação dos contratos de financiamento dos débitos dos Estados, do DF e dos municípios com a União. Outro ponto foi a criação de um fundo garantidor federal para promover parcerias público-privadas. Na área de saúde, sugeriu-se que a União delegue aos Estados, ao DF e aos municípios a possibilidade de cobrança das seguradoras de planos de saúde quando pessoas conveniadas forem atendidas na rede pública.

Por fim, os governadores pediram a prorrogação do prazo de cinco para dez anos para o pagamento de precatórios e a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 74, de 2015. O texto permite usar 40% dos recursos de depósitos judiciais para pagamento dos precatórios. A medida está em análise no Senado e teve o aval da Câmara em dezembro.

Fonte: Mário Flávio

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