Direitos Humanos irá inspecionar penitenciária de Caruaru

Presídio-Caruaru

A penitenciária de Caruaru, que tem capacidade para 380 pessoas, comporta 1,9 mil detentos, número cinco vezes maior que o indicado./ Foto: Folha

A Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco passará por inspeção na manhã desta quarta-feira (27). A ação, motivada após os trágicos episódios registrados na unidade, será promovida pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, o Mecanismo Estadual de Combate à Tortura e o Comitê Estadual de Direitos Humanos.

As entidades têm o objetivo de cobrar ao Governo do Estado, por meio das Secretarias de Justiça e Direitos Humanos e Executiva de Ressocialização (Seres), um cronograma de ações que promovam a melhoria das condições dos detentos, mais segurança e infraestrutura nas unidades prisionais.

Hoje, a penitenciária de Caruaru, que tem capacidade para 380 pessoas, comporta 1,9 mil detentos, número cinco vezes maior que o indicado. Situação que comprova a constatação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de que o Estado possui o sistema prisional mais lotado do Brasil.

Com informações de Folha de PE

Presídio de Caruaru tinha 1.542 presos acima da capacidade, diz sindicato

João Carvalho diz que superlotação atrapalha trabalho dos agentes penitenciários no presídio de Caruaru (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)

João Carvalho diz que superlotação atrapalha trabalho dos agentes penitenciários no presídio de Caruaru (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)

O presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária, João Carvalho, disse que o presídio Juiz Plácido de Souza em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, tinha 1.542 presos acima da capacidade. Detentos fizeram uma rebelião no sábado (23) e seis pessoas morreram, de acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização.

Carvalho, em entrevista à TV Asa Branca, afirmou que existiam 1.922 detentos na unidade, que tem capacidade para abrigar 380. “Tem seis ou sete [agentes penitenciários] quando era para ter 80”, explicou o presidente do sindicato. Ele detalhou que os agentes se sentem prejudicados “pelas condições mínimas de trabalhar em uma unidade com uma superpopulação carcerária”.

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