Após contestar Moro, Teori Zavascki é hostilizado
Depois de decidir que a investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva naOperação Lava Jato deve ser enviada, pelo juiz Sergio Moro, ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki foi hostilizado por manifestantes contrários ao PT e à presidenta Dilma Rousseff.
Na noite da terça-feira 22, o grupo foi até a rua onde mora a família de Zavascki, em Porto Alegre, e pendurou faixas onde se lia “Teori traidor” e “deixa o Moro trabalhar” no portão do prédio.
Um dos responsáveis pela disseminação de mensagens de ódio contra Zavascki nas redes sociais é o cantor Lobão. Em sua conta no Twitter, o músico chegou a retuitar um post da conta “Br45il No Corrupt” (uma referência ao número de legenda do PSDB, 45) que informava o endereço e o telefone do filho do ministro em Porto Alegre. A página no Facebook do grupo Revoltados Online, um dos que convoca manifestações contra Dilma, também difunde ódio contra Teori nas redes, chamando-o de “vendido”.
Decisão
Na noite de terça-feira, o ministro Zavascki, que é responsável pela Operação Lava Jato no Supremo, atendeu a um pedido da Advocacia-geral da União (AGU) e determinou, com base em jurisprudência da corte, que a investigação envolvendo Lula seja enviada de volta à Corte. Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes remeteu os autos do STF para o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde a Lava Jato teve origem.
A decisão não muda o status de Lula, que segue sem ser ministro, e pode alterar o tratamento que as conversas envolvendo o ex-presidente e pessoas com prerrogativa de foro, como a presidenta Dilma Rousseff e o ministro Jaques Wagner, terão diante da Justiça.
Com informações de Carta Capital
Moro impõe sigilo à lista de políticos que receberam dinheiro da Odebrecht
O juiz federal Sérgio Moro decidiu hoje (23) colocar em segredo de Justiça uma lista de pagamentos a cerca de 200 políticos, apreendida em uma busca da Polícia Federal na casa de um dos executivos da Odebrecht. A medida foi tomada pelo juiz após a relação ter sido anexada no processo sobre as investigações da 23ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Acarajé, e divulgada pela imprensa.
A lista cita políticos da oposição e do governo que receberam repasses da empreiteira. Nos documentos, não há juízo sobre a legalidade dos pagamentos. A construtora é uma das maiores doadoras a políticos.
“Prematura conclusão quanto à natureza desses pagamentos. Não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e o referido Grupo Odebrecht realizou, notoriamente, diversas doações eleitorais registradas nos últimos anos”, argumenta o juiz.
Moro decidiu colocar a planilha, apreendida na residência de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, executivo da empreiteira, por citar políticos que tem foro por prerrogativa de função e só podem ser processados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“De todo modo, considerando o ocorrido, restabeleço sigilo neste feito e determino a intimação do MPF para se manifestar, com urgência, quanto à eventual remessa ao Egrégio Supremo Tribunal Federal para continuidade da apuração em relação às autoridades com foro privilegiado”, decidiu Moro.
Manifestantes fazem ato em apoio a Moro e criticam Lula e o PT
Cerca de 50 pessoas realizaram um ato em frente a sede da Polícia Federal, no Bairro do Recife, nesta segunda-feira (21), em favor do juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato. Representantes da maçonaria e grupos de direita se juntaram aos manifestantes que também pediram a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT).
Com gritos de “Mexeu com Moro, mexeu comigo”, “Moro é moral e a Polícia Federal”, o grupo levou faixas e cartazes, atitude que chamou atenção dos motoristas que passavam em frente ao local. A maioria dos transeuntes mostrou apoio ao ato, buzinando em favor dos manifestantes.
O ex-presidente Lula foi ironizado. Os manifestantes gritavam “Lula cachaçeiro, devolva meu dinheiro”.
Apesar das críticas ao PT, Lula e Dilma, os manifestantes diziam que o ato era a favor do fim da corrupção “independente de partido”. No entanto, nenhum instrumento utilizado pelo grupo, e nem mesmo os gritos, não foram direcionados a outras pessoas, a não ser aos petistas.
Com informações do Blog da Folha
Juíza encaminha para Sergio Moro pedido de prisão de Lula
A juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, encaminhou nesta segunda (14) a denúncia e o pedido de prisão preventiva de Luiz Inácio Lula da Silva para a Justiça Federal.
O processo, apresentado pelo Ministério Público de São Paulo, agora será encaminhado ao juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Moro é o juiz responsável pela denúncia contra Lula na Operação Lava Jato.
“Como consequência lógica pela declinação da competência, absoluta, deixo de analisar os pedidos de cautelares formulados na denúncia, bem como o pedido de prisão preventiva, entendendo que não há urgência que justifique a análise por este Juízo, até porque os requerimentos já foram todos divulgados publicamente pelo próprio MPSP, sendo de conhecimento inclusive dos indiciados”, justificou a juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira.