Conselho Nacional de Educação permite aula remota até o fim de 2021 no ensino básico e no superior

Resolução do CNE (Conselho Nacional de Educação), aprovada nesta terça-feira (6), estendeu a permissão de atividades remotas para o ensino básico na educação pública e particular até o fim de 2021. A adoção de carga horária a distância, no entanto, fica a critério de cada rede de ensino ou instituição.

O documento estende normas excepcionais de atendimento educacional sob a pandemia de coronavírus. O texto regulamenta a MP (medida provisória) do governo Jair Bolsonaro (sem partido) que flexibilizou o ano letivo de 2021 e permitiu, na pandemia, levar em conta atividades online como carga-horária do ano letivo -a MP foi convertida na lei nº 14.040, de agosto.

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Ensino Médio pode ter 40% da carga horária à distância, mas especialistas criticam medida

(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

40% das aulas do Ensino Médio poderão acontecer na modalidade à distância. A medida é uma consequência da reforma do Ensino Médio, aprovada em 2017 e caso a nova regra entre em vigência, os estudantes brasileiros poderão ter entre duas a três aulas por semana fora da escola.

Segundo uma matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo nessa terça-feira (20), a nova regra precisa de aprovação do Conselho Nacional de Educação (CNE) e já está gerando polêmica. De acordo com especialistas, a proposta trará mais prejuízos do que vantagens à educação brasileira.

No Brasil, há um déficit de 1,5 milhão de jovens de 15 a 17 anos que já abandonaram os estudos. Ao todo não 6,9 milhões de matrículas no ensino médio público. Com a regra das aulas à distância, os críticos afirmam que o sistema educacional abre brechas para a falta de professores e acompanhamento escolar.

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