Senado vota nesta segunda-feira projeto do Desenrola para evitar paralisação do programa

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, marcou para a tarde desta segunda-feira a votação em plenário do Projeto de Lei que institui o programa Desenrola Brasil no país.

O programa, na verdade, já está em vigor, por meio de uma medida provisória, mas que expira na próxima terça-feira, dia. O PL, portanto, precisa ser aprovado antes para não expirar, depois de já ter passado pela Câmara.

O governo aguarda votação no Senado para rodar a plataforma que permitirá aos devedores pagarem a dívida em condições especiais. A proposta já passou pela Câmara dos Deputados, que incluiu um limite para os juros do rotativo do cartão de crédito de 100% do valor da dívida.

O relator da MP no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), pretendia fazer ajustes, mas decidiu manter o texto para não atrasar a votação, após negociação com o Ministério da Fazenda.

De acordo com o Ministério, 654 credores de vários setores (financeiro, água, luz, varejo) se cadastraram no programa. Para assegurar a cobertura do Fundo de Garantia de Operações (FGO) no parcelamento da dívida, o governo realizou leilões para escolher os bancos que ofertaram os maiores descontos.

Segundo último balanço, os certames resultaram em um desconto médio de 83% nas dívidas, o que fez o montante da dívida baixar de R$ 151 bilhões para R$ 25 bilhões.

Quem pode renegociar

Poderão participar dessa nova etapa do programa, devedores negativados até 31 de dezembro de 2022, com renda de até R$ 2 mil e dívida de até R$ 5 mil. O parcelamento poderá chegar a 60 meses com juros limitados a 1,99% ao mês. Os interessados terão que se cadastrar no site oficial governo Gov.br.

O governo estima que 32 milhões de consumidores serão beneficiados. É possível negociar dívidas de até R$ 20 mil, mas sem a cobertura do FGO.

O programa entrou em funcionamento em julho. Nessa primeira etapa, os bancos se comprometeram limpar o nome de devedores de até R$ 100, o que retirou do cadastro negativo 10 milhões de dívidas, segundo o governo. As instituições financeiras também ganharam incentivos para renegociar dívidas de até R$ 20 mil, sem condições limitadas e sem a cobertura do FGO.

Fonte Folha PE

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