A prisão preventiva do general Walter Braga Netto, ocorrida no último sábado (14), no Rio de Janeiro, foi tema de debate no Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta segunda-feira (16).
O deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) criticou a ação da Polícia Federal, classificando-a como “persecutória”, “arbitrária” e “desmedida”.
Braga Netto é acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de estado e de atuar para obstruir as investigações, segundo apurações da Polícia Federal, o que fundamentou o pedido de prisão preventiva.
Feitosa, no entanto, destacou o histórico profissional do general, que inclui participação na Missão de Paz da ONU no Haiti, a intervenção na Segurança Pública do Rio de Janeiro, além dos cargos de ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo Bolsonaro.
O parlamentar questionou a necessidade da prisão e argumentou que a medida não possui sustentação jurídica e viola princípios constitucionais, como o da razoabilidade.
“É razoável uma medida que vai em busca de um homem desses num sábado de manhã em sua casa? É razoável? Tinha necessidade? Será que uma ligação pra hoje de manhã o general comparecer à sede da Polícia Federal, à sede do Comando Militar do Leste, ou mesmo pegar um avião e ir ao Supremo Tribunal Federal, será que o general Braga Netto deixaria de cumprir uma ordem dessa? Qual o intuito disso?”, indagou Feitosa.
A prisão de Braga Netto continua repercutindo no cenário político, com posicionamentos divergentes sobre a legalidade e a motivação da medida.