A recomendação do principal comissário de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Zeid Ra’ad Al Hussein, para que os países com casos de zika flexibilizem suas leis a fim de permitir o aborto nos casos de microcefalia foi contestada, nesta quarta-feira (10), pelo presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Sérgio da Rocha, durante o ato de lançamento da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016. “O aborto não é a resposta para o vírus da zika. Nós precisamos valorizar a vida em qualquer situação e qualquer condição que ela esteja. Menor qualidade de vida não significa menor direito a viver, com menos dignidade humana”, afirmou.
Neste ano, o foco da Campanha da Fraternidade Ecumênica, intitulada “Casa comum, nossa responsabilidade” é o saneamento básico.
Durante a campanha, serão distribuídos nas igrejas folhetos informativos sobre o saneamento básico. Além disso, as entidades orientam as igrejas a mobilizarem as comunidades para que se informem sobre o saneamento básico de sua região e cobrem melhorias do poder público.
De acordo com as entidades, o saneamento básico já era um tema previsto para a campanha havia dois anos, mas se tornou ainda mais urgente em 2016. As entidades ressaltam que o tema também serve como alerta para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da zika, da dengue e da febre chikungunya.