
Arroz
Antes mesmo das chuvas devastadoras no Rio Grande do Sul, o preço do arroz já vinha em forte alta. Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (10), o cereal ficou 7,21% mais caro este ano.
Nos últimos 12 meses, a alta ultrapassa os 25,46%, muito acima da inflação no mesmo período, que foi de 3,69%. O Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional de arroz, sente os efeitos dessa crise.
Embora boa parte da safra já tenha sido colhida antes das inundações, o impacto sobre os armazéns e as dificuldades de escoamento da produção para outras regiões do país devem afetar os preços nos próximos meses.
Diante dessa situação, o governo Lula anunciou a importação emergencial de 1 tonelada de arroz, algo incomum em um país cuja produção geralmente atende à demanda interna.
Antes das chuvas, a previsão era de uma safra de 7,4 milhões de toneladas de arroz no Rio Grande do Sul este ano. No entanto, as tempestades deixaram as lavouras inundadas, impossibilitando as atividades agrícolas. Além disso, estradas interditadas dificultam o transporte do cereal.
Os preços do arroz já começaram a subir no atacado. Segundo levantamento da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz do Cepea/USP, a saca de 50kg do arroz tipo 1, referência nacional, estava em média R$ 99,15 na semana de 1 a 5 de abril. Já na semana de 6 a 9 de maio, o preço médio subiu para R$ 107,36.