PF e CGU deflagram nova operação em Juazeiro, dessa vez na SEDUC

Operação mira esquema envolvendo transporte escolar

Um dia após cumprir mandados na sede da Secretaria de Saúde (SESAU) de Juazeiro (BA), a Polícia Federal retornou a uma pasta da Prefeitura juntamente com equipes da Controladoria-Geral da União (CGU). O alvo dessa quinta-feira (17) é a Secretaria de Educação (SEDUC). De acordo com a PF, a “Operação Expresso Sertão” também acontece em Juazeiro do Norte (CE). Ao todo os agentes estão cumprindo cinco mandados de busca e apreensão nas duas cidades.

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A PF apura a existência de uma organização criminosa voltada à prática de crimes de fraude a licitações e superfaturamento de contratos para prestação do serviço de transporte escolar à Prefeitura de Juazeiro. Dos sete mandados expedidos, quatro são cumpridos na cidade baiana, inclusive na Prefeitura.

Licitação viciada

Os trabalhos tiveram início após a CGU identificar que os editais das licitações de transporte escolar possuíam cláusulas restringindo a concorrência. E tais documentos “deixaram de prever critérios de qualificação técnica para seleção dos licitantes, o que favoreceu a classificação de empresas do grupo sem estrutura para prestação dos serviços”, informa o órgão.

Um dos envolvidos no esquema já teria sido preso em 2007 por participação em tráfico internacional de drogas. A empresa prestadora de serviços de transporte escolar também é uma dos alvos da operação. 30 policiais federais e de nove auditores da CGU seguem no cumprimento dos mandados.

Esquema ocorreu desde 2009

Os crimes aconteciam da seguinte forma: empresas de um mesmo grupo, cuja sede é Juazeiro do Norte terminavam sendo vencedoras em várias licitações realizadas pela Prefeitura de Juazeiro, entre os anos de 2009 e 2017. Pelos cálculos da PF, a soma dos valores dos contratos chegou a R$ 82.578.882,39, com superfaturamento apurado até o momento em R$ 12.254.391,79 (considerados apenas os exercícios de 2016, 2017 e 2018).

O Blog Waldiney Passos buscou um posicionamento juntamente à Prefeitura de Juazeiro, mas até a conclusão da matéria a gestão municipal não se pronunciou. O espaço está aberto aos esclarecimentos.

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