Entre os dias 28 de maio e 3 de junho foram registradas 126 notificações de casos suspeitos de leptospirose em Pernambuco. Autoridades em saúde apontam que a alta é sazonal, já que a enfermidade está ligada à estação chuvosa.
A doença causada pela urina de ratos infectados, cresceu 15,5% no estado. O número de mortes também subiu de um para três. A primeira foi em Igarassu e as duas últimas no bairro de Ouro Preto, Olinda. O Estado alerta que uma possível explosão de casos, principalmente, nas áreas de enchentes é uma ameaça real, visto que muitas pessoas tiveram contato com as águas de inundações e lixo. Para evitar o contágio, é recomendável o uso de equipamentos de proteção, como botas. Na falta de botas, é recomendado usar sapato fechado e amarrar saco plástico nas pernas. Em caso de contato com água suspeita, é preciso lavar a parte atingida com água e sabão e eliminar qualquer alimento que tenha sido molhado.
A falta dessa proteção, aliada ao acúmulo de lixo e a grande infestação de roedores, levou à morte o jovem Lucas Rafael, 22 anos, em Olinda, no último dia 10 de maio. “Ele só andava descalço e tem muito rato por aqui, que é perto de mangue e canal.
Depois que meu neto morreu fiquei sabendo aqui na vila de uns cinco casos de leptospirose também”, contou o avô da vítima, João Batista, 70 anos. Lucas começou a vomitar e apresentar muita fraqueza. Chegou a ser levado três vezes para o hospital, mas os diagnósticos iniciais eram de virose, dizem os familiares.
Com informações do FolhaPE