A qualidade da gestão do governo de Raquel Lyra (PSDB) nas áreas de saúde e educação gerou intensos debates na reunião plenária desta segunda-feira (17) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Deputados da oposição criticaram problemas na entrega de materiais escolares e a execução do programa de intercâmbio Ganhe o Mundo, enquanto a base governista defendeu os investimentos feitos no setor.

Os deputados Rodrigo Farias e Waldemar Borges, ambos do PSB, apontaram falhas na gestão educacional, como o atraso na distribuição de kits escolares e uniformes, prejudicando os alunos desde o início do ano letivo. Além disso, Farias denunciou a falta de informações sobre o Programa Ganhe o Mundo, que, segundo ele, enviará apenas estudantes para o Chile, deixando cerca de 720 alunos selecionados para intercâmbios no Canadá e nos Estados Unidos sem previsão de embarque.

“O que estamos vendo é um governo perdido, que não entrega, que não dialoga e que não respeita o povo de Pernambuco. A educação transforma vidas, liberta, mas esse governo tem feito o contrário, tem destruído sonhos, barrado oportunidades e aprisionado nossa juventude na incerteza”, afirmou Farias. Borges reforçou as críticas, afirmando que a condução das políticas educacionais tem sido marcada por ineficiência.

A líder do governo na Alepe, deputada Socorro Pimentel (União), rebateu as críticas e destacou os investimentos na educação, como a destinação de R$ 5,5 bilhões para o programa Juntos pela Educação e a contratação de mais de 9 mil professores para a rede pública estadual.

A parlamentar também citou reformas em escolas, requalificação de quadras poliesportivas e climatização das salas de aula. “E quando a gente vê a nota do Ideb, a gente fica feliz de saber que o estado de Pernambuco é o primeiro do Norte e Nordeste, sendo maior até do que em 2022”, declarou.

Os parlamentares também discutiram concessões de serviços de saneamento e abastecimento da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), além da gestão de parques municipais no Recife.

A expectativa é que o debate sobre a administração estadual continue nas próximas sessões, à medida que o governo enfrenta cobranças sobre a execução de suas políticas públicas.