O esquema de lavagem de dinheiro investigado pela Polícia Federal na “Operação Mapa da Mina”, na quarta-feira (11), inclui desvios de recursos da 3ª Superintendência Regional da Codevasf, cuja sede é em Petrolina. A PF acredita que os criminosos utilizavam cinco casas lotéricas para “lavar” recursos públicos.
Esses desvios eram feitos da seguinte forma. Os contratos investigados foram firmados com uma empresa de segurança privada chamada Alforge. Ao longo dos anos, ela teria se beneficiado com o direcionamento das licitações. A Alforge pertence a um policial militar.
Segundo os investigadores, a ação de ontem é um desdobramento da Operação Decimus, deflagrada pela PF em abril de 2018, cuja finalidade foi apurar crimes de uso de documentos ideologicamente falsos por parte dos responsáveis por um grupo de empresas de segurança e vigilância patrimonial. As identidades dos envolvidos são mantidas em sigilo pela Justiça.
Os crimes
Ao longo das investigações, observou-se que o grupo investigado estava fraudando licitações, direcionando-as, inclusive por meio de oferta de vantagens a servidores públicos. Há agentes públicos, policiais militares e da própria PF envolvidos no esquema.
Os agentes da PF também teriam identificado que, uma das empresas do grupo investigado foi beneficiada por irregularidades nas fases de verificação da habilitação e de análise de recursos em pregão realizado pela 3ª Superintendência Regional da Codevasf.
Até o momento a Codevasf não se pronunciou. Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão em três cidades do estado: Floresta, Olinda e Recife.