Munição usada na morte da vereadora Marielle Franco foi comprada pela Polícia Federal

(Foto: Internet)

A delação do ex-PM Élcio de Queiroz trouxe novos elementos para a investigação da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, assim como apontou o ex-policial Ronnie Lessa como autor dos disparos, o que já tinha sido descoberto na primeira fase.

No entanto, a colaboração do réu e o relatório sigiloso com a apuração da Polícia Federal não fazem menção à munição usada no duplo homicídio, comprada pela própria corporação.

Há uma sindicância instaurada pela PF para apurar o desvio, descoberto a partir do assassinato da parlamentar e de seu motorista. As balas desse mesmo lote também foram usadas em outros crimes no Rio, tanto em áreas de milícia quanto de tráfico, nas zonas Oeste e Norte.

A primeira fase da investigação, concluída em março de 2019, mostrou que a perícia técnica da Polícia Civil do Rio revelou que oito projéteis — encontrados nos corpos das vítimas e no carro em que estavam — eram do lote UZZ 18, produzidos pela marca brasileira CBC, e um deles, importado, da marca Indumil.

A questão está no lote UZZ 18, vendido exclusivamente para a Polícia Federal, em 2006, sendo distribuído um ano depois para todas as superintendências do Brasil. Só à do Rio chegaram 200 mil unidades. Esse lote tem balas de diferentes calibres: 9mm, 5,56 e 7,62 (os dois últimos usados em fuzis), o que dificulta o trabalho dos agentes.

Fonte Folha de Pernambuco

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