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Na noite desta sexta-feira (20), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entregou à Polícia Civil o inquérito da ‘Operação Integração’, solicitando a realização de novas diligências, além de sugerir a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares.
A ação pode beneficiar a influenciada Deolane Bezerra, sua mãe, Solange Bezerra, o empresário Darwin Henrique, dono dos Esportes da Sorte, e outras pessoas indicadas na operação.
O MPPE recomendou que as prisões preventivas já realizadas sejam substituídas por medidas cautelares alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica ou restrições de acesso a determinados locais.
Apesar da devolução do inquérito, o Ministério Público ressaltou que os bens e valores já apreendidos durante a investigação não serão revertidos. “A exigência de novas investigações não foi descoberta da manutenção de algumas medidas cautelares já deferidas”, afirmou o MPPE em nota.
Com a decisão, a Polícia Civil de Pernambuco deverá dar continuidade às investigações relacionadas ao esquema bilionário de lavagem de dinheiro ocorrido em jogos de azar. Até ao momento, 20 pessoas foram indiciadas e tiveram prisão preventiva decretada.
Deolane Bezerra, de 36 anos, segue presa preventivamente na Colônia Penal de Buíque, no Agreste de Pernambuco, após descumprir medidas cautelares impostas pela Justiça, como a proibição de falar com a imprensa e utilizar redes sociais. Solange Bezerra, sua mãe, também permanece presa na Colônia Penal Feminina do Recife desde o dia 4 de setembro.
Deolane foi beneficiada anteriormente por uma decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que converteu sua prisão preventiva em prisão domiciliar, devido ao fato de ela ser mãe de uma criança de 8 anos. No entanto, uma influenciadora voltou à prisão menos de 24 horas após a concessão do benefício, por dar entrevistas e alegar que estava sendo vítima de abuso de autoridade.
Deflagrada no início de setembro, a ‘Operação Integração’ investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro envolvendo o jogo do bicho e jogos virtuais. A ação aconteceu em seis estados e resultou no bloqueio de R$ 2,27 bilhões em ativos de 53 alvos, incluindo pessoas físicas e jurídicas. Foram apreendidos jatinhos, helicópteros, carros de luxo, relógios e itens de grife.
A Polícia Civil de Pernambuco está encarregada de continuar as investigações e cumprir as novas diligências solicitadas pelo MPPE, em busca de esclarecimentos adicionais sobre o esquema.
Fonte Folha PE