MPPE afirma que há cinco inquéritos contra padre Airton e que prioridade é proteger as vítimas

Vítima participava das ações da Fundação criada pelo padre

Após a prisão preventiva do padre Airton Freire, realizada em Arcoverde nesta sexta-feira (14), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu uma nota sobre o caso. O órgão reafirmou que não detalhará as investigações, pois há sigilo judicial, mas reiterou que a prioridade é proteger as vítimas.

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O MPPE informou que tem sido realizado um “exame criterioso dos elementos de prova” e que há, no momento, cinco inquéritos policiais instaurados após denúncias das vítimas do padre. “Considerando a importância de uma análise célere e substancial de todos os fatos, a Procuradoria-Geral de Justiça designou mais três membros do Ministério Público para atuarem no caso“, afirmou o órgão.

Padre Airton é suspeito de orquestrar um estupro cometido em agosto de 2022, em um terreno da Fundação Terra. O caso envolve o motorista e segurança do padre, que cometeu o ato.

Leia a seguir a íntegra da nota enviada pelo MPPE:

O Ministério Público do Estado de Pernambuco tem feito exame criterioso dos elementos de prova até então colhidos e pauta-se pelas normas internas e internacionais inseridas no sistema jurídico pátrio, preocupado principalmente com os direitos humanos e com as medidas necessárias para resguardar e evitar revitimizações das vítimas que buscaram o aparato estatal para relatarem violências sexuais que estão sob investigação. 

A adoção de medidas cautelares em procedimentos dessa natureza, especialmente com a elucidação de mais de um caso, na visão do Ministério Público, acolhida pelo Poder Judiciário, mostra-se necessária para garantir a continuidade do trabalho investigativo da Polícia, que está sendo acompanhado pelo MPPE; afastar os riscos de reiteração delitiva; bem como assegurar proteção às vítimas que procuraram o Estado para relatarem fatos criminosos contra suas dignidades sexuais.

A Promotoria de Justiça da Comarca de Buíque acrescenta que, no momento, há cinco inquéritos policiais instaurados, em razão da identificação de outras vítimas. Considerando a importância de uma análise célere e substancial de todos os fatos, a Procuradoria-Geral de Justiça designou mais três membros do Ministério Público para atuarem no caso.

No mais, o Ministério Público mantém o acompanhamento das investigações a cargo da Polícia Civil. Por se tratar de inquéritos sigilosos, não serão divulgadas, no momento, mais informações sobre o caso”.

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