Mercado aumenta previsão da inflação de 4,1% para 4,12% em 2024

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O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Banco Central, revela que a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi ajustada para 4,12% em 2024, acima da meta oficial de 3%, mas ainda dentro da faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2025, a projeção da inflação subiu para 3,98%, enquanto as estimativas para 2026 e 2027 são de 3,6% e 3,5%, respectivamente. Atualmente, o Brasil está em transição para um sistema de meta contínua de inflação, com o CMN fixando o centro da meta em 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual a partir de 2025.

Em junho, a inflação foi de 0,21%, impactada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, após registrar 0,46% em maio. O IPCA acumula uma alta de 4,23% em 12 meses. A inflação de julho será divulgada na próxima sexta-feira (9).

A taxa básica de juros, a Selic, permanece em 10,5% ao ano, conforme decidido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada. Essa decisão seguiu um ciclo de redução da Selic iniciado em agosto de 2023, após um período de aumento contínuo da taxa. O Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas entre março de 2021 e agosto de 2022, como resposta à alta dos preços. Em agosto de 2022, a Selic foi mantida em 13,75% ao ano até agosto de 2023, quando começaram os cortes.

A expectativa do mercado financeiro é que a Selic permaneça em 10,5% ao ano até o final de 2024. Para 2025, a previsão é que a taxa caia para 9,75% ao ano, e que seja reduzida para 9% ao ano em 2026 e 2027.

A taxa básica de juros influencia o custo do crédito e a poupança, afetando diretamente a inflação e a economia. Juros mais altos encarecem o crédito e podem desacelerar a economia, enquanto juros mais baixos tendem a estimular o consumo e a produção.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a projeção de crescimento para 2024 aumentou de 2,19% para 2,2%. As estimativas para 2025 são de crescimento de 1,92%, e para 2026 e 2027, a expectativa é de 2% ao ano. Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, superando as previsões, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, conforme o IBGE.

Para o câmbio, a previsão é que o dólar termine o ano cotado a R$ 5,30, mantendo-se nesse patamar até o fim de 2025.

Fonte Agência Brasil 

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