Médico usa aplicativos de relacionamento para divulgar método de prevenção contra o HIV em Petrolina

O cuidado e atenção com o público LGBTQIAPN+ em Petrolina teve o seu reconhecimento internacional através das práticas inclusivas de prevenção à saúde desenvolvida pelo Médico de Família e Comunidade, Wandson Padilha, que atual na rede de Atenção Básica municipal. Essas ações são destinadas ao atendimento a homossexuais, pessoas trans e profissionais do sexo. Com o objetivo de assistir um número maior desse público, o médico está utilizando de aplicativos de relacionamentos para disseminar a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), método de prevenção a Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s).

Sobre o trabalho desenvolvido, Wandson Padilha, descreve a importância do processo de conhecimento, dos tratamentos e o incentivo ao autocuidado. “Uma das primeiras ações é entender que não se deve estigmatizar qualquer pessoa que esteja buscando cuidados de acompanhamento relacionados a questões de sexualidade, não se deve julgar práticas e parcerias sexuais. Nosso papel é de cuidadores e não de juízes, devemos construir em conjunto o processo de conhecimento, para que aprendamos com a pessoa e também com suas dúvidas. Eles também podem aprender, conosco, os processos de cuidado, autocuidado e tratamento, quando necessário. Precisamos entender que há pessoas que, devido à estigmatização e moralismo, não chegam até nós”, explicou.

A busca incessante para levar mais informação para pessoas trans, homossexuais e profissionais do sexo, despertou no médico a visão de chegar mais próximo, e até mesmo nos ambientes onde estão, com isso. Fazer uso de aplicativos de relacionamentos tem sido o espaço para propagar o método e demais formas de prevenção.

“Tenho usado aplicativos de relacionamento para pesquisar e disseminar ativamente estratégias de saúde e divulgar a PrEP e outros mecanismos de prevenção para as Infecções Sexualmente Transmissíveis, que são as IST’s. Criamos um perfil de PrEP e o apresentamos às pessoas, usamos este espaço para troca de informações e conhecimento. Há também populações mais vulneráveis que acabam não acessando muitos serviços de saúde. Eu trabalho em um espaço que cuida especificamente de pessoas trans e travestis que já têm, em todo o seu contexto social, dificuldade em conseguir os serviços de saúde. Fazemos ainda buscas ativas por essas pessoas, com orientação e prestação de cuidados para criar um vínculo. Com base nisso podemos discutir questões relacionadas à sexualidade”, pontuou.

Débora Sousa/Ascom Secretaria de Saúde

Deixe um comentário