Na madrugada desta terça-feira (7), Francisca Maria da Silva, de 32 anos, faleceu no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, Piauí, após ingerir arroz envenenado com uma substância tóxica semelhante ao chumbinho.

Ela estava internada desde quarta-feira (1º) e, juntamente com outras oito pessoas da família, consumiu o arroz contaminado. Três pessoas da família morreram em decorrência do envenenamento: Francisca e dois de seus filhos. Sua filha de 4 anos segue internada em estado grave no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), enquanto as outras quatro pessoas já receberam alta hospitalar.

A polícia investiga o caso como homicídio, já que foi constatado que o veneno, identificado como terbufós (um veneno proibido no Brasil, comumente usado em pesticidas), foi colocado em grandes quantidades no arroz preparado pela família.

O laudo pericial indicou que o veneno estava visivelmente distribuído em grânulos no arroz. Não foi encontrado veneno no peixe que foi doado à família na noite anterior, afastando a suspeita de que o peixe estava contaminado.

O terbufós é uma substância altamente tóxica, que afeta o sistema nervoso, causando sintomas graves como tremores, crises convulsivas, falta de ar, cólicas, e pode levar à morte rapidamente.

A polícia também investiga a conexão com um caso anterior, em 2024, no qual dois filhos de Francisca morreram após comerem cajus envenenados com a mesma substância. A vizinha que forneceu os cajus está presa por duplo homicídio qualificado.

Neste novo caso, a polícia tenta determinar como o veneno foi colocado no arroz e se houve intenção criminosa. O delegado Abimael Silva afirmou que não é possível que o veneno tenha ido parar no alimento sem a intenção de alguém. O caso está sendo tratado como um possível crime premeditado.

As informações são do G1 PI