Os ataques do presidenciável Ciro Gomes (PDT) a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) têm ficado sem respostas diretas das campanhas rivais, reforçando o isolamento do ex-ministro no momento em que ele busca furar a bolha da polarização e dissipar pressões por desistência.
A estratégia de se contrapor a Lula , que levou à debandada de aliados como o deputado federal Túlio Gadêlha (que migrou do PDT para a Rede Sustentabilidade), é vista como ineficaz para a atração de votos até por correligionários, que nos bastidores avaliam que ele tem pesado a mão.
Os dois favoritos têm deixado o ex-ministro falando sozinho por diferentes razões. O petista até ensaiou uma reprimenda em março de 2021, quando voltou ao xadrez político após a anulação de suas condenações, dizendo que o outrora aliado precisava “se reeducar e aprender a respeitar as pessoas“. Depois passou a afirmar que não responderia “às ilações” de Ciro sobre ele.
A cúpula do PT evita rebater acusações e xingamentos pelo motivo óbvio de que isso daria a relevância que o adversário busca em uma disputa protagonizada por Lula e Bolsonaro , mas também para não implodir pontes que podem ser úteis adiante nas negociações partidárias.
Fonte FolhaSP