Em poucos dias, Hugo Motta (Republicanos-PB) conquistou um amplo apoio na Câmara dos Deputados, consolidando-se como o principal candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Casa, cuja eleição ocorrerá em fevereiro de 2025.
Com apoio de partidos como Podemos, PT, PL e MDB, Motta poderá contar com cerca de 312 votos, ou 62,5% do total, caso todos se confirmem. Em nome do MDB, Baleia Rossi agradeceu aos Republicanos pelo apoio e destacou o desejo de um mandato equilibrado e específico ao consenso.
Já o PT anunciou “por aclamação” sua adesão ao bloco de Motta, elogiando sua capacidade de diálogo para fortalecer uma agenda democrática no Congresso. Em resposta, Motta reafirmou seu compromisso de unir esforços para discutir pautas relevantes, como o equilíbrio econômico e a saúde.
Arthur Lira, atual presidente da Câmara, manifestou sua preferência por Hugo Motta, apontando-o como o sucessor capaz de manter o diálogo entre diferentes correntes políticas. Lira destacou que Motta, em seu quarto mandato, tem experiência para lidar com os desafios e promover a continuidade da gestão.
No entanto, Lira retirou da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o projeto de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, redirecionando-o a uma comissão especial, o que gerou desconforto entre os bolsonaristas e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, que via na proposta uma tentativa de reverter sua inelegibilidade.
O deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), que inicialmente foi o favorito de Lira, tem criticado a falta de transparência e a definição “nos bastidores” do processo. Nascimento insiste em realizar uma sabatina entre os candidatos para expor suas visões sobre os rumores do país, argumentando que a presidência da Câmara, a segunda carga mais relevante da República, não deve ser decidida sem um debate público.
Outro candidato, Antônio Brito (PSD-BA), mantém-se confiante na possibilidade de fortalecer sua candidatura a partir de novas alianças.