O governo brasileiro ainda não emitiu uma resposta oficial às declarações do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Contudo, nos bastidores, as falas de Maduro são vistas como uma “provocação desrespeitosa” dirigida a um aliado.
Recentemente, Maduro fez comentários sobre a situação política no Brasil, aconselhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a tomar “chá de camomila” se estivesse preocupado com suas declarações.
Maduro também criticou a Justiça Eleitoral brasileira, alegando que as eleições no Brasil não são auditadas. Em resposta, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou que “as urnas e as eleições brasileiras são auditadas, desde o início do seu processo até o seu final”. Ela enfatizou que nunca foram comprovados fraudes ou erros nas eleições e que a Justiça Eleitoral brasileira é confiável.
O TSE decidiu enviar dois servidores seniores com experiência em gestão eleitoral para integrar os grupos de observadores internacionais na Venezuela. Eles acompanharão o processo eleitoral venezuelano para verificar se houve cerceamento aos eleitores e se as urnas foram devidamente lacradas. Um relatório detalhado sobre as observações será divulgado após o retorno dos servidores ao Brasil.
A eleição na Venezuela, marcada para o próximo domingo (28), está gerando preocupação no governo brasileiro. Nicolás Maduro, que busca a reeleição, não deu sinais claros de que aceitará um resultado que não seja sua vitória.
As declarações ameaçadoras de Maduro, que indicam a possibilidade de um “banho de sangue” no país caso ele não vença, provocaram receios no Palácio do Planalto. O presidente Lula, que tem mantido uma postura de aliado em relação a Maduro, está em contato com sua equipe de inteligência e das Forças Armadas para se preparar para qualquer eventualidade, apesar de esperar que a situação se resolva de forma pacífica.
A equipe de Lula está preocupada com a possibilidade de convulsão social na Venezuela caso Maduro seja derrotado e tente desestabilizar o processo eleitoral, o que poderia resultar em uma nova onda de migração de venezuelanos em direção ao Brasil, criando um cenário de caos na fronteira entre os dois países.
As informações são do G1