Filha de brasileira que estava entre os sequestrados pelo Hamas foi morta, diz família

As autoridades israelenses avisaram à família de Celeste Fishbein, de 18 anos, que o corpo dela foi encontrado após o ataque terrorista do Hamas. Celeste, filha e neta de brasileiros, era tida como um das 199 reféns do grupo fundamentalista islâmico Hamas confirmadas no sábado por autoridades israelenses. Ela estava no kibutz Be’eri, no sul do país, com o namorado, Dor Haider, quando o grupo terrorista invadiu o local, deixando cerca de cem mortos.

Fishbein já havia sido vítima da violência do Hamas. Até hoje, a jovem tinha estilhaços no corpo de um foguete que caiu no kibutz onde ela vive com a família. Por isso, não se alistou para servir ao Exército.

Fishbein nasceu em Israel. Sua prima, a brasileira Flora Rosembaun, que também foi vítima de um ataque do Hamas em 2001, afirmou ao Globo que a jovem planejava tirar a dupla cidadania para passar um tempo no Brasil.

“Ela estava na casa dela com o namorado, no kibutz, onde ela também trabalha como cuidadora de crianças. O último contato com a mãe foi às 11h30 do dia do ataque. Uma semana depois, no último sábado, o governo entrou em contato com a família para avisar que ela estava na lista de reféns”, contou Rosembaun.

A brasileira Rosembaun também é uma sobrevivente. Ela foi uma das vítimas do atentado do Hamas à pizzaria Sbarro, no centro de Jerusalém, em 2001. Flora, o marido e a enteada passavam na frente do local quando um suicida do Hamas detonou uma bomba.

A explosão deixou 15 mortos, entre eles seu marido, Giora Balash, então com 69 anos, e cerca de 130 feridos. Flora ficou internada no hospital Hadassah Ein Keren, em Jerusalém, por 17 dias, com queimaduras e estilhaços no corpo.

Eles estavam em Israel para participar de um casamento. Nesse domingo, os corpos das cem vítimas do ataque ao kibutz foram enterrados no cemitério de Be´eri.

Com a confirmação, a família da jovem Celeste recebeu uma licença oficial para divulgar que ela foi sequestrada e estaria em Gaza. “Nós precisamos ajudar de alguma maneira que ela volte para nós e em paz. Compartilhem o quanto puderem”, diz um cartaz do governo israelense, onde aparece o nome completo da jovem, ao lado de uma foto sua e da data onde ela foi sequestrada.

Familiares dos israelenses feitos reféns pelo Hamas reclamaram nos últimos dias da falta de informações — mesmo após a confirmação, uma semana após os ataques, eles não sabem o local para onde os parentes foram levados e não há um canal oficial de comunicação para negociações.

Pressionado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniu nesse domingo com representantes das famílias em uma base das Forças de Defesa no centro de Israel. Os parentes disseram que o premier lhes garantiu que “um dos objetivos da guerra é trazê-los de volta para casa”.

Fonte Folha PE

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