Ex-vice prefeita de Orocó volta a ser internada no HU e família relata demora na realização de cirurgia

Estrado de saúde de dona Rosa tem se deteriorado por conta do internamento

A família de Rosa Rodrigues Lima, de 76 anos, voltou a procurar o Blog para pedir ajuda. A moradora de Orocó (PE) sofreu uma fratura na perna e está internada no Hospital Universitário de Petrolina (HU-Univasf) há três semanas, aguardando pela cirurgia.

O Blog já mostrou uma denúncia similar, em março, quando a paciente precisou se internar depois de sofrer uma fratura no fêmur. Ex-vice prefeita de Orocó, dona Rosa tem Alzheimer e segundo a família, tem sofrido com o tempo internada, longe da família.

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“Ela novamente fraturou a perna e já está no HU há mais de três semanas, sem nenhuma previsão de quando será feita a cirurgia, a alegação do hospital é de que eles estão sem anestesista. Acho injustificável alegar isso por tantas semanas. Se for mentira, é crime e se for verdade, é incompetência e má gestão”, afirma José Lima, filho de dona Rosa.

Ele mora em São Paulo e virá a Petrolina para acompanhar a situação da mãe. “O Alzheimer recém diagnosticado tem avançado muito com essas internações de longa duração. Eu, José Jailton Lima, sou filho dela e moro em São Paulo. Pretendo visitá-la em breve, para quem sabe, vê-la com alguma consciência pela última vez”, afirmou.

Em nota, o HU informou que a paciente está na Clínica Ortopédica “local no qual está recebendo toda a assistência da equipe multiprofissional enquanto aguarda a realização do procedimento cirúrgico”.

Leia a seguir a íntegra da nota enviada pelo HU:

O HU-Univasf informa que compreende a preocupação dos familiares da paciente Rosa Rodrigues Lima, em função da nova internação na Clínica Ortopédica, local no qual está recebendo toda a assistência da equipe multiprofissional enquanto aguarda a realização do procedimento cirúrgico. 

Em tempo, reforça-se que, em função da elevada demanda por atendimentos, cenário frequentemente anunciado aos órgãos, autoridades da saúde e a toda sociedade, a programação cirúrgica da paciente sofreu atraso. Contudo, as equipes se esforçam diariamente para fornecer resolutividade a este e a demais casos que também apresentam risco alto ou moderado. 

O HU-Univasf esclarece ainda que há médicos anestesiologistas em atuação no Bloco Cirúrgico, no entanto, a escala destes profissionais tem sido impactada em função da concessão de férias, licenças e/ou afastamentos, que são direitos garantidos e respeitados pela instituição.  

Em busca de soluções para retomar a celeridade da produção de cirurgias, o HU-Univasf está negociando, junto à Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), a convocação de novos anestesiologistas para breve recomposição da escala, assim como também está propondo cooperações aos componentes da Rede de Saúde da região, com vistas à continuidade adequada do processo de atenção à saúde dos usuários”. 

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