Abril é o mês em que se comemora o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial (26), que tem o objetivo de informar sobre o tratamento da doença e conscientizar a população sobre a importância da prevenção.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão arterial afeta um em cada três adultos em todo o mundo e pode causar ataques cardíacos, insuficiência cardíaca, danos renais e outros problemas de saúde.
A cardiologista do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco – HU-Univasf, vinculado à Rede Ebserh, Elisandra Alves, explica que a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica caracterizada pela elevação dos níveis pressóricos que tem causa multifatorial e ainda não totalmente esclarecida. “Existem fatores de riscos modificáveis para o surgimento da HAS como a obesidade, sedentarismo, excesso de estresse, e os fatores de risco não modificáveis como o genético, raça e o próprio envelhecimento. É uma doença que geralmente surge a partir dos 40 anos e que se apresenta de forma assintomática, na maioria dos casos“, diz.
De acordo com a especialista, o diagnóstico é feito seguindo critérios rigorosos a partir de várias medidas de pressão arterial e privilegiando medidas fora de consultório. “A hipertensão aumenta a morbidade e mortalidade do paciente e estudos robustos provam que o tratamento adequado da hipertensão está associado com a redução da morbimortalidade“, esclarece.
O tratamento não farmacológico é indicado para todos os estágios de HAS e envolve a mudança do estilo de vida: redução de peso, dieta rica em alimentos naturais e integrais, atividade física, cessação de tabagismo etc.
“O tratamento farmacológico, ou seja, que inclui o uso de medicações hipotensoras, é também muitas vezes necessário sendo privilegiado o uso de medicações que além de reduzir a pressão arterial provaram reduzir os desfechos cardiovasculares (morte, infarto, insuficiência cardíaca etc.)“, informa a médica.
De acordo com ela, a adesão ao tratamento e o acompanhamento médico rotineiro é importante. “Dessa forma é possível saber se as metas pressóricas foram atingidas, assim como manter a vigilância do acometimento de órgãos alvo e de surgimento de outros fatores de risco como diabetes e dislipidemia”, conclui.