“Ele ameaçava, espancava ela”, diz parente da mulher que foi morta por soldado da PM em Pernambuco

Soldado da PM matou ex-companheira, que estava grávida e atirou contra colegas da corporação

Um parente de Cláudia Gleice da Silva, de 33 anos, contou que o soldado da Polícia Militar de Pernambuco, Guilherme Barros agredia e ameaçava a companheira constantemente. Ela foi morta na terça-feira (20), com vários disparos de arma de fogo, efetuados pelo PM.

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Cláudia estava grávida de três meses e foi morta na casa da mãe, em Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Segundo esse parente, o soldado da PM invadiu o imóvel por uma janela, efetuou os disparos e saiu tranquilamente do imóvel. Na sequência, ele foi até o Recife, atirou contra colegas de corporação e se matou.

PM não aceitava término do relacionamento 

O casal estava junto há cerca de cinco meses. Por conta da gravidez de Cláudia, eles resolveram morar juntos há cerca de um mês. Porém, a convivência não era boa “Ele ameaçava, espancava ela. A família não sabia de nada, apenas duas primas. Só ontem (segunda-feira), quando ele a procurou na casa da mãe dela, é que soubemos de tudo. A família pediu para ela não vir para cá, porque sabia que ele voltaria, mas ela veio“, contou o parente ao Jornal do Commercio.

O crime

Cláudia e Guilherme se separaram há poucos dias, mas o soldado da PM não aceitava o término. “Hoje (terça-feira), ele veio e conversei com ele. Pedi para ele seguir o caminho dele. Ele fez que ia embora, mas voltou. Subiu pela janela do quarto, que estava aberta, e atirou várias vezes. Foram sete tiros. Ele saiu sem falar nada“, disse o parente.

Além de Cláudia, o soldado matou dois policiais militares: a major Aline Maria Lopes dos Prazeres de Luna, 42, que morreu na madrugada e o tenente Wagner Souza, morto ainda no local do crime (o Batalhão). Cláudia será sepultada nesta quarta-feira (21), no Cemitério do Cabo de Santo Agostinho.

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