Dia Mundial do Glaucoma: Especialista do HU-Univasf fala sobre a doença, tratamento e prevenção

Hoje, 12 de março, é celebrado o “Dia Mundial do Glaucoma”, uma data importante que visa conscientizar sobre este problema que atinge 900 mil pessoas por ano em todo o Brasil.

Para esse tema, o médico oftalmologista, especialista em glaucoma, Francisco Henrique Ferraz, do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), vinculado à Rede Ebserh, fala sobre a doença, tratamento e medidas de prevenção.

De acordo com o especialista, o glaucoma é uma doença que acomete e danifica o nervo óptico. Nervo que leva a informação visual captada pelos olhos para o sistema nervoso central na área chamada de córtex visual. “É a maior causa de cegueira irreversível no mundo. Na grande maioria das vezes, o glaucoma está associado à pressão intraocular elevada e acometendo mais pacientes a partir dos 40 anos de vida. Nas fases iniciais o glaucoma é geralmente assintomático e sua progressão insidiosa, diminuindo progressivamente o campo visual periférico. Nos estágios avançados da doença, o campo visual pode se restringir consideravelmente, chegando até acometer a visão central e levar a cegueira total”, explica o médico.

Ele destaca que o tratamento do glaucoma, na grande maioria das vezes, se baseia em uso diário contínuo de colírios que diminuem a pressão intraocular. Outras opções incluem tratamento a laser e cirurgias minimamente invasivas ou fistulizantes.

“Através da diminuição da pressão intraocular, podemos diminuir o dano nas células ganglionares do nervo óptico, preservando a função visual por mais tempo. Medidas que melhoram o fluxo sanguíneo geral e no nervo óptico, mostram também um benefício na diminuição da progressão ou controle do glaucoma”, esclarece.

Ele acrescenta que é recomendado o controle das taxas glicêmicas, de colesterol, de triglicerídeos, da pressão arterial sistêmica, além de exercícios aeróbicos e diminuição dos níveis de estresse, com uma melhor qualidade de vida.

De acordo com o especialista, as medidas preventivas se baseiam em consultas oftalmológicas anuais de rotina, para se fazer o acompanhamento da saúde visual do paciente e diagnóstico de pacientes portadores de glaucoma nas fases mais precoces possíveis. “O glaucoma tem uma grande chance de não levar a cegueira total, se for tratado nas suas fases mais iniciais. Ele tem um componente hereditário importante, portanto, pessoas que possuem parentes portadores da doença, devem redobrar os cuidados”, alerta o médico.

Atendimento no HU-Univasf/Ebserh

A Policlínica do Hospital Universitário da Univasf possui consultório apropriado para atendimento eletivo de rotina para pacientes portadores de glaucoma, servindo tanto para diagnóstico, como para acompanhamento dos casos.

O acesso é através de marcação pelo Sistema Único de Saúde, referendados pelas unidades básicas de saúde municipais ou através de convênios com outras instituições públicas de ensino e/ou saúde.

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