Covid-19: cinco anos da pandemia que devastou o mundo

O primeiro caso de Covid-19 na Bahia, registrado em 6 de março de 2020, é um marco que atravessa não apenas o calendário, mas a memória coletiva dos baianos. Foi o início de um novo ciclo, marcado por perdas, saudades e um lento aprendizado diante de uma doença invisível que mudou o curso da história.

Cinco dias depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou oficialmente a pandemia global e trouxe a confirmação do que se temia. A doença, que antes parecia uma preocupação distante, era agora uma ameaça global. Os hospitais começaram a se encher, o medo se espalhou e, em pouco tempo, a luta contra a Covid-19 se tornou a maior batalha do século, afetando não apenas a saúde, mas a economia, a cultura e a própria maneira de viver. A partir daquele momento, a vida em Salvador, em todo o estado e no mundo entrou em um impasse, onde o ritmo de festas e encontros foi silenciado, as ruas ficaram vazias e os abraços se tornaram impossíveis.

O primeiro caso de Covid-19 na Bahia

O primeiro caso de Covid-19 na Bahia foi uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, que retornou da Itália no dia 25 de fevereiro de 2020. No país europeu, ela teve passagens pelas cidades de Milão e Roma. A mulher manifestou sintomas depois de ter chegado ao Brasil, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). À época, ela foi o nono caso de coronavírus confirmado no país, os outros foram: 6 em São Paulo, 1 no Espírito Santo e outro no Rio de Janeiro. Poucos dias depois, o número de casos aumentou de forma acelerada.

No primeiro ano da pandemia, o Brasil viveu momentos de dor e sofrimento. As cenas de hospitais lotados, filas para leitos de UTI e a angústia das famílias foram um retrato da gravidade da situação. Em 2020, pelo menos 1,8 milhão de pessoas morreram de covid-19 em todo o mundo. Estados Unidos (342.450 mortes), Brasil (194.976 mortes), Índia (148.738) e México (124.897) foram os países com o maior número de óbitos. Em casos confirmados, 7.675.781 brasileiros tiveram a doença naquele ano.

O país ultrapassava mais de mil mortes diárias por Covid-19 até que, em abril de 2021, o número chegou a 4.195 óbitos por dia, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass). Foi o ano com os piores números da doença, que teve 14.611.548 casos e 424.107 mortes. Por semana, em média foram 275 mil casos e 8.000 óbitos.

Os números relacionados à doença foram diminuindo aos poucos a partir do início da vacinação, em 17 de janeiro de 2021. Apesar dos óbitos voltarem a crescer em fevereiro de 2022, nos meses seguintes foram se estabilizando e entrando em queda. Em 2024, por exemplo, foram 862.680 casos e 5.959 mortes, os menores números para um único ano desde o surgimento da Covid-19.

Desde o primeiro caso no país, em 26 de fevereiro de 2020, 39 milhões de casos e 715 mil mortes foram confirmadas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Já na Bahia, até o momento, o estado registrou mais de 32 mil mortes e cerca de 1,8 milhões de casos da doença, de acordo com a Sesab. Em janeiro de 2021, o Brasil iniciou a vacinação de sua população com o imunizante CoronaVac, seguido por outros produtos como AstraZeneca, Pfizer e Johnson & Johnson.

Até o início de janeiro deste ano, o Brasil já aplicou quase 560 milhões de doses de vacina contra a Covid-19. Foram 552,6 milhões de doses do imunizante monovalente (desenvolvida para combater uma única cepa ou variante da doença), considerando a primeira, segunda e todas as doses de reforço.

A Tarde

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