A correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) aumentaria o número de pessoas isentas do tributo em todo país. Um estudo da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) afirma que o ajuste na tabela contemplaria 24,5 milhões de contribuintes.

Caso o modelo atual seja mantido, apenas oito milhões serão isentos em 2023. No levantamento, a tabela atual está defasada em 144%. Para o estudo foi considero o período de 1996 a setembro de 2022. Atualmente, quem recebe até R$ 1.903,98 por mês (ou 22.847,76 por ano) não precisa declarar o Imposto de Renda.

A Unafisco alega que os brasileiros que ganham até R$ 4.647,96 por mês (ou R$ 55.775,51 por ano) não deveriam pagar imposto. O motivo é simples: o salário aumentou com reajustes da inflação e quem era isento em 1996 hoje tem que pagar o tributo.

Menor poder de compra

A conclusão da Unafisco é que o poder de compra da população diminuiu no período estudado com o IRPF. O tema ficou em destaque após os dois candidatos à presidência apresentarem propostas no sentido de isentar boa parcela da população.

Propostas dos candidatos

Jair Bolsonaro (PL) propôs isentar quem ganha até cinco salários mínimos. A medida atingiria trabalhadores que recebem até R$ 6.060 por mês (o salário mínimo é de R$ 1.212). Já Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer ampliar a isenção aos que ganham até R$ 5.000.