Juazeiro: Prefeitura anuncia requalificação da UBS do bairro João Paulo II e 7 unidades em licitação

Mais uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Juazeiro vai receber obras de requalificação na sua infraestrutura. A prefeitura, através da Secretaria de Saúde (Sesau) publicou na sexta-feira (6), o aviso de licitação que tem por objeto a contratação de empresa para requalificação da UBS do bairro João Paulo II. O processo licitatório acontecerá na modalidade ‘tomada de preço’, no dia 24 de outubro de 2023, às 9h. O município contabiliza sete UBS em licitação para serem contempladas com os serviços de requalificação.

A unidade do bairro João Paulo II, que hoje atende cerca de 6 mil pessoas, vai receber além da requalificação total da sua estrutura, a aquisição de móveis e equipamentos. Já foram entregues à população mais de 12 UBSs totalmente requalificadas e quase 30 consultórios odontológicos reativados.

“Nossa gestão mostra a sensibilidade quando preza pela dignidade não só da população como dos profissionais com a requalificação em todos os setores da saúde. Estamos com os Centros de Saúde I e II em obras, que vão funcionar na Praça da Catedral, reformando ainda o Centro de Especialidades Odontológicas – o CEO Centro que vai funcionar no bairro Maria Goretti, além do Canil Gatil. Já entregamos também a Farmácia Central totalmente requalificada e essa semana divulgamos os números do Previne Brasil, onde Juazeiro alcançou a nota 7,7 de maneira inédita”, destacou a prefeita Suzana Ramos .

O secretário de Saúde Allan Jones agradeceu a todos os colaboradores da Sesau “que estão trabalhando em conjunto para que essas reformas aconteçam, aos parceiros, que através do convênio Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES) e a Faculdade Estácio IDOMED de Juazeiro, além é claro da prefeita Suzana Ramos que acredita numa saúde humanizada, na importância de dar dignidade aos cidadãos e aos profissionais”, ressaltou o secretário.

Iana Lima/Ascom Sesau

Juazeiro: Prefeitura anuncia reforma da UBS Jardim primavera

A prefeitura de Juazeiro, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), iniciou o processo de licitação para a requalificação da Unidade Básica de Saúde do Jardim Primavera. O aviso de licitação está publicado no Diário Oficial do Município (Doem) de 22/09 e tem como data para realizar a tomada de preços, o dia 17 de outubro. O município tem sete processos de licitação em andamento para obras de reformas de UBS na zona rural e urbana (Massaroca, Argemiro, Tabuleiro, Vila Jacaré, Alagadiço, Lagoa do Boi e Jardim Primavera)

“Nossa gestão é humanizada, por isso nos empenhamos em entregar equipamentos de saúde com ambientes adequados trazendo mais dignidade, segurança, conforto, acessibilidade, e melhores condições de atendimento. Seguimos requalificando as UBS em toda Juazeiro, na sede e no interior. Já entregamos mais de 12 unidades totalmente requalificadas, e reativamos mais de 20 consultórios odontológicos” ressaltou a prefeita Suzana Ramos.

De acordo com o secretário municipal de saúde, Allan Jones, os projetos de requalificação são elaborados de acordo com as necessidades das unidades. “Nossas equipes fazem os projetos das obras a partir de estudos que apontam todas as necessidades para que seja possível entregar uma infraestrutura mais segura e com espaços adequados para otimizar os atendimentos” disse.

O projeto da UBS do Jardim Primavera prevê medidas para solucionar o problema da cobertura causada por animais externos e trazer segurança e conforto para os usuários e profissionais da unidade. Também será realizada a reestruturação das redes hidráulica e elétrica, pintura, paisagismo, entre outros serviços.

Marcela Cavalcanti/Ascom Sesau

Entidades ligadas à educação aprovam suspensão do novo ensino médio

A suspensão por 60 dias da implementação do Novo Ensino Médio (NEM), criado em 2017, repercutiu positivamente no meio educacional. O Ministério da Educação (MEC) suspendeu os prazos de parte do Cronograma Nacional de Implementação do NEM e aguardará a conclusão da consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional sobre o ensino médio. Para especialistas e entidades ouvidos pela Agência Brasil, o tema deve ser tratado a partir de um diálogo do governo com o setor.

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) considerou a suspensão importante para professores e alunos. “Frear a implementação do Novo Ensino Médio é um passo importante para os estudantes e professores que estão sofrendo os impactos de uma medida aprovada sem o amplo debate e o aperfeiçoamento de quem vive a escola diariamente além de possibilitar a construção de uma nova proposta para o Ensino Médio brasileiro”.

A presidente da Ubes, Jade Beatriz, defendeu a participação dos estudantes na elaboração do novo currículo. “É uma vitória, mas não é suficiente. A suspensão é um intervalo. Não queremos que o ensino médio volte a ser o que era antes da reforma. Mas é preciso incluir os estudantes nesta discussão. É um momento muito decisivo nas nossas vidas” disse.

“Sem opção de boa educação e profissional, a gente vira mão de obra barata”, acrescentou. A presidente da Ubes sinalizou que fará ainda uma mobilização nacional pela revogação total e imediata do novo ensino médio.

O Todos pela Educação, organização da sociedade civil sem fins lucrativos e suprapartidária, fundada em 2006, aprovou a suspensão da implementação do novo ensino médio. Contudo, o diretor de Políticas Públicas da entidade, Gabriel Corrêa, argumenta que a decisão do MEC precisa ser feita de forma pactuada com as secretarias estaduais de Educação e com clareza aos professores e estudantes.

“Faz parte do jogo e é importante nesse período de consulta pública haver uma suspensão. É o que a gente tem chamado de um freio de arrumação. Mas o Ministério da Educação precisa dar mais clareza às secretarias de Educação, às escolas profissionais e aos estudantes o que isso vai significar no dia a dia, nos próximos meses”.

O governo federal aguardará a conclusão da consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional sobre o ensino médio. As contribuições poderão ser feitas em audiências públicas, oficinas de trabalho, seminários e pesquisas nacionais com estudantes, professores e gestores escolares sobre a experiência de implementação do Novo Ensino Médio nas unidades da federação.

A professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Katharine Ninive Pinto Silva entende que a suspensão do cronograma foi necessária, mas insuficiente. “É preciso que esse modelo de ensino médio seja revogado, tendo em vista o fato de que aprofunda as desigualdades de acesso ao saber historicamente produzido pela humanidade.”

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, organização da sociedade civil do campo da educação criada em 1999, entende que a medida do atual governo é um “primeiro passo” e requer providências posteriores. “Não é, obviamente, suficiente. E ainda faltou responder o que as escolas vão fazer nesse período de consulta e nos 60 dias: segue com brigadeiro caseiro? Volta à filosofia?”, disse a coordenadora geral da entidade, Andressa Pellanda.

No entanto, Andressa julga que a política educacional suspensa pelo atual governo não tem condições de ser remendada. Para ela, o problema maior está no modelo proposto. “Não serve para a formação plena dos estudantes, sua formação, para a cidadania e para o trabalho”.

Enem de 2023 e 2024
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023 não será impactado pela suspensão de 60 dias da efetivação do Novo Ensino Médio. As provas, que avaliam o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e servem de porta de entrada no ensino superior, estão previstas para serem aplicadas em 5 e 12 de novembro.

Gabriel Corrêa, do Todos pela Educação, esclarece que as alterações previstas no Novo Ensino Médio, iniciadas em 2021, não serão consideradas no Enem deste ano, pois não estavam completamente implementadas. “O Enem deste ano não vai ser ajustado ao Novo Ensino Médio e já não seria mesmo. Não haveria mesmo mudanças em qualquer cenário. A portaria antiga, que foi suspensa agora, já indicava que o Enem de 2023 seguirá o modelo antigo do ensino médio”.

Para Corrêa, a grande discussão está em torno da aplicação das provas do Enem do próximo ano. “No Enem de 2024, [conforme] estava previsto no novo modelo de ensino médio, o estudante teria no primeiro dia provas comuns, com todos os estudantes fazendo o mesmo exame. E no segundo dia os estudantes teriam opções de escolha de que provas fazer. Esse Enem previsto para 2024 deveria ser adiado”, opina Gabriel.

Propostas
Katharine Ninive Pinto Silva, propõe que a revogação do novo ensino médio possa ser feita “implementando, de fato, as Diretrizes Curriculares do Ensino Médio de 2012, que orientam para uma formação para o mundo do trabalho, que possam integrar as disciplinas de formação geral a disciplinas de formação profissional nas modalidades integradas. Um exemplo dessa implementação são os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia”.

Corrêa não defende revogar tudo o que está na lei e voltar ao modelo anterior, porque, na avaliação dele, seriam perdidos alguns avanços. Ele prioriza o ajuste dos pontos falhos para superar desafios, tais como melhorar a infraestrutura das escolas, apoio aos professores e formação de diretores escolares.

Ele aposta na manutenção de três premissas do novo modelo: a expansão da carga horária do jovem, a flexibilização dos currículos e a integração da formação técnica profissional. “Valorizar a formação e a educação técnica no ensino médio, que hoje, de fato, não é integrado”.

Fonte – Agência Brasil