Senadores entram com reclamação disciplinar contra juiz Moro no CNJ

Lula cara a cara com o juiz Sérgio Moro pela primeira vez

Catorze senadores entraram nesta terça-feira (22) com uma reclamação disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato na primeira instância. Na petição, os parlamentares pedem abertura do processo disciplinar pelo fato de Moro ter autorizado a divulgação de gravações entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff.

Assinam a reclamação disciplinar os senadores Ângela Portela (PT-RR), Donizeti Nogueira (PT-TO), Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffman (PT-PR), Jorge Viana (PT-AC), José Pimentel (PT-CE), Lídice Da Mata (PSB-BA), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Rocha (PT-PA), Humberto Costa (PT-PE), Roberto Requião (PMDB-PR), Telmário Mota (PDT-RR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Arbitrariedade

Os senadores pedem que o CNJ aplique ao juiz as medidas disciplinares previstas na Lei Orgânica da Magistratura (Lomam), como advertência, censura, remoção compulsória, aposentadoria compulsória ou demissão.

De acordo com os senadores, Moro agiu com arbitrariedade e expôs a presidente Dilma a uma “situação absurda”. “Ao levantar o sigilo de conversas telefônicas do ex-presidente Lula no momento em que se preparava para assumir o cargo de ministro da Casa Civil, o juiz Federal Sérgio Moro sabia que cometia um crime. Tomou, nada obstante, uma atitude política, em nome de um desejo de realizar o fim pretendido de evitar que o ato administrativo de posse do indicado ao cargo se efetivasse”, afirmou a petição.

No pedido, os senadores consideram a importância da Operação Lava Jato na investigação da corrupção, mas afirmam que a apuração passou a ser conduzida de forma “midiática e espetacularizada”.

“O juiz que a conduz mostra-se seduzido pela fama e faz um diálogo com o segmento social insatisfeito com o governo federal não no sentido de esclarecê-lo e acalmar os ânimos, mas ao oposto. Seus atos tendem a incitar a população à subversão da ordem política e social. E o grave é que não encontra mais os limites das leis e da Constituição Federal como parâmetros”.

Com informações do Congresso em foco

Em nota PF confirma morte de suspeitos de assassinar policial na rodoviária de Juazeiro (BA)

pf-morto

Dois homens suspeitos de assalto seguido de morte do policial federal Wilson Teixeira, ato praticado na segunda-feira,29, no terminal rodoviário interestadual de Juazeiro (BA), se deram mal, segundo a Polícia, os acusados reagiram a ordem de prisão houve troca de tiros e os dois meliantes foram baleados e morreram a caminho do hospital.

Em nota publicada em uma rede social a comunicação da PF escreveu a seguinte informação que se segue nas próximas linhas:

“Após quatro dias da morte do Policial Federal Wilson Teixeira de Queiroz Netto, morto por três elementos na Estação Rodoviária de Juazeiro/BA, policiais federais, juntamente com policiais civis, militares e rodoviários federais, lograram êxito na resolução do caso. As diligências realizadas levaram à identificação e prisão de Lucas Nascimento Santos Santana, no município de Filadélfia, enquanto tentava empreender fuga.

Outros dois envolvidos no crime, Gildemar Gonçalo da Silva, o “GIL”, e Evandro José De Araújo, o “Grande” ou “Pé”, foram localizados no município de Campo Formoso. Ao serem abordados, ambos reagiram violentamente à ação policial, sendo alvejados no confronto. Apesar de socorridos, nenhum dos dois resistiu aos ferimentos e acabaram vindo a óbito. A ação policial foi desenvolvida nos municípios de Juazeiro, Senhor do Bonfim, Filadélfia, tendo seu desfecho em Campo Formoso, todos no Estado da Bahia.

A operação contou com a ininterrupta participação de Policiais Federais, com o apoio da Coordenação de Aviação Operacional, bem como das demais forças de segurança do Vale do São Francisco, como a Polícia Rodoviária Federal, SSP/BA, Polícias Civis da Bahia e de Pernambuco, CIPE – Caatinga (Juazeiro) e PMPE CIOSAC. Após a formalização do procedimento flagrancial, pelo crime de latrocínio e formação de quadrilha, o preso será encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça”.

Ação conjunta entre as Polícias Militar e Federal prende quadrilha em Petrolina

Acusados roubos 2.3.16

Na madrugada desta terça-feira, 1º, após operação de inteligência com a participação dos agentes do Núcleo de inteligência militar do 5°BPM e Policiais Federais uma suposta quadrilha de assaltantes a bancos, que vieram do bairro Ibura de Baixo, Recife-PE, para praticarem furtos qualificados nas agências bancárias no Vale do São Francisco, foram presos em Petrolina (PE)

Segundo a PM, para o sucesso da operação conjunta entre as policias foi montada uma Operação nesta terça, por volta das 22h, com apoio das equipes do GATI/5°BPM, Polígono da Agrotécnica e Malhas da Lei, quando os acusados se preparavam para roubar à agência da caixa econômica federal da Avenida Sete de Setembro em Petrolina (PE).

Ainda segundo a polícia a referida agência foi arrombada pelo grupo por volta de 01h da manhã desta quarta, os meliantes estavam parados em dois veículos um Gol e um Honda Civic em uma rua nos fundos da agência bancária, eles arrombaram uma grade da janela que ficava na lateral do estabelecimento, entrando no interior da agência e desativando as câmeras e alarme do local, com o objetivo de tentar arrombar com o maçarico o cofre do referido banco.

A ação não obteve o resultado esperado devido ação rápida e precisa de todo efetivo envolvido na Operação. Os elementos foram detidos, após tentarem escapar fugindo para uma residência no Bairro Maria Auxiliadora, em Petrolina (PE). Os mesmos foram presos e apresentados juntamente com os materiais utilizados no Departamento da Polícia Federal na cidade de Juazeiro-BA.

Na operação militar foram presas as pessoas de Givoca dos Santos Rodrigues (ex-presidiário), natural de Juazeiro-BA, 32 anos, residente no bairro Areia Branca. Douglas Guedes dos Santos, natural de Recife, 25 anos, residente no bairro Ibura de Baixo, Recife-PE, Ednaldo Félix do Nascimento (ex-presidiário), natural de Recife, 43 anos, residente no bairro Jordão Baixo, Recife-PE. Jonas Alves da Silva (ex-presidiário) natural de Recife, 31 anos, residente no bairro Jordão Baixo, Recife-PE. Francinalva Pereira de Viveiros, natural de Ouricuri-PE, 33 anos, residente em Ouricuri-PE, Francisco Barros Bezerra, natural de Montalvânia-MG, 52 anos, residente no bairro Maria Auxiliadora, André Hilário Barbosa, natural de Recife, 39 anos, residente no bairro Ibura de Baixo, Recife-PE.

Materiais Apreendidos durante a Operação:

VW/novo gol 1.6 13/14 prata de placa OGD-1985 Campina Grande/PB.

-HONDA CIVIC LXL FLEX 10/10 dourado de placa KGO-4696 Recife/PE.

-18 (dezoito) munições de calibre 22.

-20 (vinte) pacotes de moedas com código de barras, sendo 19 (dezenove) lacrados e 01 (um) aberto.

-02(dois) cilindros de gás.

-01(um) maçarico.

-319 (trezentos e dezenove) reais em cédulas e moedas.

-Uma porção de maconha de aproximadamente 30 (trinta) gramas.

Polícia Federal prepara estratégias para atuar nas eleições municipais em outubro

PF eleições 2016
A Polícia Federal já esquadrinha o esquema de segurança para as eleições desse ano. Até abril deve ser concluída a estratégia e atuação da corporação nos centros e rincões do País.
Mas com o orçamento da corporação apertado e quadro defasado, muitos dos mais de 5 mil municípios vão ter que se virar sem o apoio da força federal.
Em tempo, em outra ponta, segue firme a ofensiva do Ministério da Justiça contra alas opositoras da Polícia Federal. Por ordem da pasta, especialistas do laboratório de DNA tidos como “independentes” são substituídos gradativamente por agentes alinhados à hierarquia.

Mais de 1 milhão de acessos já são computados no site da Operação Lava Jato

CORRUPÇÃO

O site com informações sobre a Operação Lava Jato, produzido pelo Ministério Público Federal, já ultrapassou 1 milhão de acessos. No endereço www.lavajato.mpf.mp.br, é possível entender o caso e conhecer o histórico das investigações tanto na primeira instância, em Curitiba, quanto no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) – Cortes responsáveis pelo julgamento de políticos com prerrogativa de foro, como governadores, deputados e senadores.

A Operação Lava Jato foi deflagrada em março de 2014 e desmontou um esquema de corrupção, propinas e desvio de recursos da Petrobras. Na primeira instância, em Curitiba, até dezembro de 2015, foram instaurados 1.016 procedimentos com 396 buscas e apreensões, firmados 40 acordos de colaboração premiada com pessoas físicas e cinco acordos de leniência com as empreiteiras envolvidas.

Os procuradores da República que atuam no caso ofereceram 36 acusações criminais contra 179 pessoas pelos crimes de corrupção organização criminosa, lavagem de ativos e outros. Os crimes envolvem pagamento de propina de cerca de R$ 6,4 bilhões, sendo que R$ 2,8 bilhões já foram recuperados pelo Ministério Público Federal, que também pediu o ressarcimento de R$ 14,5 bilhões na Justiça.

Todos esses números estão disponíveis no site da Lava Jato, onde também é possível encontrar a íntegra das denúncias apresentadas pela Procuradoria, as decisões judiciais e artigos e um rol de perguntas e respostas sobre o caso. O site foi lançado no dia 28 de janeiro de 2015 pela Secretaria de Comunicação da Procuradoria Geral da República e é atualizado constantemente com os desdobramentos das investigações.

‘Cadê o resto?’ cobravam os deputados por mais propinas, diz delator

Chage petrolão

O entregador de propinas Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, disse que era cobrado pelos deputados destinatários de valores ilícitos do esquema Lava Jato. “Cadê o resto?”, perguntavam os parlamentares ao receberem sacolas de dinheiro vivo, segundo o Termo de Colaboração número 5 de Ceará perante a Procuradoria-Geral da República.

Ele afirmou que em 2010 fez entregas de dinheiro vivo em um apartamento funcional na Quadra 311 Sul, em Brasília, onde se encontravam os deputados Mário Negromonte (PP/BA), João Pizzolatti (PP/SC), Pedro Corrêa (PP/PE) e outros dos quais disse não lembrar o nome.

“Não sabia exatamente quem morava nesse apartamento, sabendo apenas que, nas oportunidades em que compareceu ao local para entregar dinheiro, estavam presentes os deputados federais João Pizzolatti (PP/SC), Mário Negromonte (PP/BA), Pedro Corrêa (PP/PE), além de outros deputados dos quais o depoente não se recorda”, relatou Ceará em delação premiada. Numa dessas entregas estava no apartamento do deputado Nelson Meurer (PP/PR).

O delator fez 19 depoimentos entre os dias 29 de junho e 2 de julho de 2015. Tudo o que ele disse faz parte dos autos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, instância competente para investigar políticos com foro privilegiado, deputados e senadores.

Os políticos citados na delação de Carlos Alexandre de Souza, o Ceará, negam recebimento de propinas no esquema desmontado na Operação Lava Jato. (Fonte: Diário do Nordeste)

Senador Fernando Bezerra esclarece detalhes sobre Operação Catilinárias da PF

Fernando Bezerra

A sociedade brasileira assistiu pelos meios de comunicação nesta semana, o início da Operação Catilinárias da Polícia Federal (PF), que aconteceu em diversas cidades. Em Petrolina (PE) o prédio da Fundação 2020 pertencente ao Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) recebeu a visita dos agentes da PF.

Para esclarecer o fato, a assessoria de imprensa do senador enviou a seguinte nota:

1)    Sobre a Operação Catilinárias, o senador ratifica e reitera sua confiança no trabalho das autoridades que conduzem este processo investigatório, acreditando no pleno esclarecimento dos fatos, e continua, como sempre esteve, à disposição para colaborar com os ritos processuais e fornecer todas as informações que lhe forem demandadas.

 2)    Em relação à Operação Vidas Secas, Fernando Bezerra esclarece que, ao assumir o Ministério da Integração Nacional (MI), em 1º de janeiro de 2011, as obras em questionamento já estavam em plena execução.

No primeiro ano de gestão do MI, foi realizado um minucioso trabalho de replanejamento na execução das obras, passando pela renegociação e o encerramento dos contratos antigos, levantamento dos serviços a executar, agilização dos projetos executivos e abertura de novas licitações para as obras e serviços remanescentes. Também foi instituída uma equipe de fiscalização coordenada por servidores concursados e não mais por funcionários terceirizados.

Em particular, seja por metodologia de gestão seja pelo fato de as obras serem alvo de polêmicas, o então ministro Fernando Bezerra determinou uma detalhada análise em todos os contratos do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf), a fim de detectar eventuais incorreções e falhas no empreendimento. Para tanto, solicitou, inclusive, o apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU).

Quando irregularidades foram identificadas pela gestão de Fernando Bezerra Coelho, o Ministério da Integração Nacional adotou todas as medidas legais para a apuração de responsabilidades. Prova disso é que, durante o período em que Fernando Bezerra esteve à frente do ministério, foram instaurados processos investigativos para a aplicação de penalidades relativas a diferentes lotes.

No caso específico do Consórcio OAS/Galvão/Barbosa Mello/Coesa, o TCU realizou auditoria em campo (que resultou no Acórdão 2.628/2011) e, em setembro de 2011, encontrou indícios de irregularidades na execução dos Contratos 29/2008-MI e 30/2008-MI, firmados em 2008.

Ao final daquele mesmo ano (2011), o próprio Ministério da Integração Nacional concluiu seu levantamento interno. Por consequência, o então ministro Fernando Bezerra determinou a instauração de processo investigativo – por meio da Portaria 68/2012/SIH/MI – a fim de que, após ser oportunizado direito de defesa, o consórcio pudesse ser advertido, multado e cobrado por valores recebidos indevidamente. Cálculos estimados pelo Ministério da Integração apontaram, àquela época, que os valores a serem ressarcidos pelo consórcio deveriam se aproximar de R$ 15,2 milhões.

Vale salientar que, até a chegada de Fernando Bezerra Coelho ao Ministério da Integração Nacional, os serviços constantes dos contratos firmados com o Consórcio OAS/Galvão/BarbosaMello/Coesa já haviam sido remunerados em percentuais bastante significativos, da seguinte forma:

O  Contrato 29/2008 (Lote 11): só 10,46% dos custos desta obra foram pagos na gestão de Fernando Bezerra Coelho. Ou seja, 89,54% do valor da obra – o que equivale a R$ 291,7 milhões – foram pagos antes da chegada de Fernando Bezerra ao MI.

O Contrato 30/2008 (Lote 12): só 12,82% dos custos desta obra foram pagos na gestão de Fernando Bezerra Coelho. Ou seja, 87,18% do valor da obra – o que equivale a R$ 130,9 milhões – foram pagos antes da chegada de Fernando Bezerra ao MI.

A gestão de Fernando Bezerra à frente do Ministério da Integração Nacional terminou em 1º de outubro de 2013. (ASCOM)

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