Brasil goleia pelo Mundial de futebol de paralisados cerebrais

A seleção de futebol de paralisados cerebrais (PC) estreou com vitória no Campeonato Mundial da modalidade, disputado em Salou (Espanha). Neste domingo (10), os brasileiros golearam o Canadá por 4 a 0, na abertura do Grupo B da competição.

Os gols foram marcados por Evandro de Oliveira (duas vezes), Dudu Felipe e Heitor Luiz. O Brasil volta a jogar nesta terça-feira (12), às 11h (horário de Brasília), contra a Inglaterra. Já na quinta-feira (14), às 8h30, a equipe conclui a participação na primeira fase diante do Japão.

Os dois primeiros da chave vão às quartas de final. As partidas são transmitidas ao vivo pelo canal da Federação Internacional de Futebol de Paralisados Cerebrais (IFCPF, na sigla em inglês) no YouTube.

Segunda melhor seleção do mundo na modalidade, conforme o ranking mundial, o Brasil busca um título inédito. A equipe bateu na trave em 2003 e 2013, quando ficou com o vice-campeonato. Na última edição, em 2022, também disputada em Salou, os brasileiros conquistaram a medalha de bronze. A Ucrânia é a atual campeã.

A modalidade
No futebol PC, os atletas são divididos pelas classes FT1, FT2 e FT3 (quanto menor o número da categoria, maior é o comprometimento físico-motor). Cada equipe tem de usar pelo menos um FT1 entre os titulares. Além disso, somente um FT3 por time é autorizado a estar no gramado.

Cada tempo de jogo tem 30 minutos. Os times possuem sete atletas de cada lado (a modalidade, inclusive, costumava ser chamada de futebol de sete). As medidas do campo (70 metros por 50 metros) e da baliza (dois metros por cinco metros) também são diferentes da modalidade “convencional”. Além disso, não há impedimento no futebol PC e a cobrança de lateral pode ser feita com apenas uma das mãos.

Agência Brasil

Com virada no fim, Rayssa Leal é bicampeã mundial de skate street

Duas vezes medalhista olímpica e agora duas vezes campeã mundial. Este é o currículo da maranhense Rayssa Leal, que conquistou o bi do mundo neste sábado (14), durante o campeonato mundial de skate street, em Roma, na Itália.

Para sair com o título, Rayssa precisou de uma grande manobra, que garantiu a virada no final da competição. A skatista de 16 anos competiu contra outras sete atletas na decisão, todas elas japonesas. A brasileira foi campeã do mundo também em 2022.

Agora, na primeira competição após os Jogos Olímpicos de Paris, Rayssa mostrou grande forma. No skate street, a disputa se inicia com cada atleta tendo direito a duas voltas dentro de um percurso, onde vale a melhor nota entre essas duas tentativas. A brasileira teve as duas melhores notas entre todas as competidoras, registrando primeiro um 86,44 e depois um 88,43 (nota que carregou para a continuação da final).

A segunda parte da competição consiste em manobras únicas. Cada atleta tem direito a cinco tentativas e as duas melhores notas entram para o somatório. Nesta fase, Rayssa encontrou uma adversária ferrenha: Momiji Nishiya – ouro nos Jogos de Tóquio – emendou boas manobras em sequência, alcançando a maior nota única entre todas as finalistas, um 94.88. Com isso, pulou para a liderança, já que Rayssa não conseguiu completar as manobras nas duas primeiras tentativas.

Pontuação
Nas duas seguintes, no entanto, a brasileira encaixou boas performances e pontuou alto, primeiro com um 88,14 e depois um 93,99, que a fez superar Nishiya em sua penúltima tentativa. Restando apenas uma tentativa para cada atleta, somente Nishiya ainda tinha chances de tirar o título de Rayssa. No entanto, ela falhou em sua última manobra e a brasileira confirmou a conquista.

O feito de Rayssa chama a atenção porque ela competiu contra sete atletas do país considerado a maior potência na atualidade. Para se ter uma ideia, as duas edições do skate street em Jogos Olímpicos terminaram com vitória japonesa. Tanto em Tóquio quanto em Paris, Rayssa (prata em 2021 e bronze em 2024) foi a intrusa em pódios formados somente com atletas do Japão. Aliás, as quatro japonesas que estiveram nesses pódios (Momiji Nishiya, Funa Nakayama, Coco Yoshizawa e Liz Akama) também estavam presentes na final deste sábado.

Pouco depois da decisão feminina, houve a final entre os homens. O Brasil foi representado por Kelvin Hoefler, que, após sair mancando de sua segunda volta, acabou desistindo da competição, terminando em oitavo lugar.

Agência Brasil