Durante a Sessão Plenária da última terça-feira (11), a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Petrolina anunciou que, após a quinta-feira (13), terá início o recesso parlamentar do meio do ano.

Esta decisão gerou reações, especialmente do Professor Gilmar Santos (PT), que criticou a medida, afirmando que “atinge frontalmente a dignidade da população de Petrolina, que diante de tantos problemas clama pela atuação dos vereadores”.

O líder da oposição, lembrou que as sessões plenárias do primeiro semestre de 2024 já começaram atrasadas, no dia 20 de fevereiro, após um recesso iniciado na primeira quinzena de dezembro do ano passado. Ele também afirmou que a decisão fere o Regimento Interno da Câmara, que determina que as sessões semanais do primeiro semestre devem ocorrer até 30 de junho.

Durante a discussão, o vereador Diogo Hoffman afirmou que o trabalho mais importante dos vereadores se faz junto à população, mas não minimizou a importância das sessões.

O presidente da Câmara justificou suas decisões, afirmando que são sempre baseadas no Regimento Interno e na Lei Orgânica, e que seu trabalho é respaldado pela ampla maioria dos pares. Ele também questionou a postura do vereador oposicionista: “Por que o vereador não reclamou (do recesso parlamentar) no ano em que não teve eleição?”

A decisão de iniciar o recesso parlamentar antes do término do período determinado levanta questões sobre a efetividade e o comprometimento dos vereadores com os problemas da população de Petrolina.

A antecipação do recesso pode ser vista como um descompasso entre a necessidade de atuação parlamentar e a agenda política interna da Câmara Municipal.