Brasileira é vítima de xenofobia em Portugal

Uma brasileira de 35 anos foi alvo de xenofobia cometida por uma portuguesa no Aeroporto de Porto, em Portugal, na manhã de segunda-feira (6). O episódio foi registrado em vídeo pela própria vítima e viralizou nas redes sociais.

A agressora proferiu insultos e ofensas racistas. A brasileira, que preferiu não ser identificada, nasceu em São Paulo, mas reside na Espanha há algum tempo e estava no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, em Porto, para embarcar em um voo com destino à Espanha, onde atualmente vive e trabalha.

O desentendimento iniciou quando uma pessoa que acompanhava a agressora derrubou acidentalmente sua mala sobre o pé da vítima.  “Pode filmar o que você quiser, pode até pôr na internet. Sua porca. Vai para a sua terra, sua porca. Sou portuguesa de raça. Você que é brasileira. Vá para a sua terra. Estão invadindo Portugal, essa raça de filha da p***”, disse a portuguesa.

Diante das repetidas declarações de que não era bem-vinda no país, a brasileira afirmou sua cidadania italiana, que lhe confere o direito de viver e trabalhar na Europa. No entanto, a situação se agravou ainda mais, com a agressora proferindo insultos e ofensas de teor xenofóbico, que foram registrados em vídeo pela vítima.

“Fiquei atordoada, sem reação. Ninguém entendeu o que estava acontecendo. Eu fiquei com vergonha e incomodada, mas não passou mais nada pela minha cabeça. Algumas pessoas e perguntaram porque eu não bati na mulher, mas nem imaginei isso. Fui muito pacífica.”

Devido à necessidade de embarcar em seu voo para a Espanha, a vítima optou por não registrar um boletim de ocorrência em Portugal, mas afirmou que pretende denunciar o incidente de forma virtual. Ela expressou seu desejo de processar a agressora, não apenas em busca de justiça pessoal, mas também para evitar que outras pessoas sejam vítimas de atos de xenofobia semelhantes.

Quero processar essa mulher, mas não é nem por mim. É para que ela não faça isso com mais ninguém. Ninguém merece isso”, completou a brasileira.

Fonte Folha PE

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