Boulos e alas do PT intensificam críticas à chapa entre Lula e Alckmin

Setores da esquerda têm intensificado as críticas a uma possível chapa entre o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato a retornar ao Palácio do Planalto.

Adversários históricos das gestões tucanas de Alckmin no governo de São Paulo, setores do PT no estado e o ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSOL), que é próximo de Lula, estão em campanha contra a aliança.

As conversas começaram no ano passado, com troca de elogios públicos entre os dois e ganharam força com a saída de Alckmin do PSDB e um jantar, em dezembro, em que ele e Lula posaram para fotos. O ex-tucano tem convite para ir para o PSB, que negocia apoio a Lula, mas as conversas sobre a filiação estagnaram nas últimas semanas.

Os principais pontos de tensão com a esquerda são medidas tomadas pelo governo paulista durante o comando de Alckmin, como uma reintegração de posse ocorrida há dez anos em São José dos Campos (SP) e que terminou com dezenas de sem-teto feridos e presos.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) marcou um ato para lembrar o episódio na ocupação Nova Canudos, na Zona Norte de São Paulo, nesta sexta-feira. Líder do MTST, Boulos, que é pré-candidato a governador, escreveu ontem nas redes sociais que jamais serão esquecidas o que chamou de “cicatrizes do governo Alckmin”. Ele foi um dos detidos na operação policial no bairro Pinheirinho.

“Lula, sim; Alckmin, não”, disse Boulos em postagem no Twitter em que faz referência a um artigo seu no jornal “Folha de S.Paulo” com críticas à aliança entre o petista e o ex-governador.

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