Associação de Delegados da PF emite note após delegado relatar tratamento diferenciado a ex-ministro da Educação

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) emitiu uma nota pública reagindo após a fala do delegado Bruno Calandrini sobre uma suposta interferência da PF na Operação Acesso Pago, que tem como um dos alvos o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro.

A ADPF afirmou que irá acompanhar as apurações internas para resguardar a autonomia dos profissionais da entidade. E reafirmou que a PF não pode ser exposta a interferências:

“A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) acompanha com atenção as notícias sobre a operação Acesso Pago, que resultou na prisão preventiva do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e de outras pessoas supostamente envolvidas em tráfico de influência no Ministério. A entidade sempre irá defender a total autonomia investigativa do Delegado de Polícia Federal”, diz a nota da entidade.

A Associação também informou que a Operação Acesso Pago foi conduzida de forma técnica, baseada em indícios e teve respaldo da Justiça Federal, do Ministério Público Federal e outros órgãos de controle. A fala do delegado Calandrini veio na quinta-feira (23), quando ele relatou que Milton Ribeiro teria recebido regalias.

O delegado determinou que o ex-ministro fosse ouvido em Brasília, juntamente com outros envolvidos no crime. Contudo, a transferência foi cancelada e na audiência de custódia, Ribeiro teve a prisão flexibilizada por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

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