No primeiro trimestre de 2024, a balança comercial da Bahia testemunhou um notável aumento na dependência do agronegócio, que representou 53,4% das exportações totais do estado durante esse período.

Esse número marca um crescimento em relação aos 42% registrados nos primeiros três meses do ano anterior. Mesmo diante de uma queda nos preços das commodities no mercado internacional, a atividade agrícola continua a ser o motor da economia baiana.

Dados oficiais da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Governo Federal revelam que quase US$1,3 bilhão foram comercializados entre janeiro e março de 2024, representando um aumento de 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Esse crescimento significativo reflete, principalmente, a melhoria da produtividade no campo, indicando uma maior eficiência na produção agrícola do estado.

Um aspecto notável é o aumento do volume embarcado em alguns setores do agronegócio, que compensou os preços mais baixos das commodities. Isso é evidente no caso da soja, cujos preços diminuíram, mas foram compensados pelo aumento da quantidade exportada.

No primeiro trimestre de 2023, a soja representou US$ 433,4 milhões em exportações, enquanto no mesmo período de 2024, houve um aumento significativo de 29,89%, totalizando US$ 562,9 milhões.

Além da soja, o algodão não cardado nem penteado, simplesmente debulhado, produzido na Bahia, também registrou aumentos expressivos. De janeiro a março de 2023, o valor em exportação foi de US$ 55,9 milhões, enquanto em 2024, durante o mesmo período, houve um crescimento de 291,37%, totalizando US$ 218,6 milhões.