Agricultores familiares de Petrolina comparecem à Câmara e pedem mudanças no decreto que cria Refúgio de Vida Silvestre Tatu-Bola

Um grupo de agricultores e agricultoras familiares de Petrolina compareceu à Câmara de Vereadores de Petrolina, na manhã desta quinta-feira (8). Eles chamam atenção dos parlamentares para o Decreto Estadual nº 41.546/2015, que criou o Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Tatu-Bola, mas acabou estabelecendo barreiras para os homens e mulheres do campo.

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Por conta do RVS, os agricultores não podem praticar o plantio ou a criação animal, mesmo tendo documento de posse dos terrenos. O RVS Tatu-bola está localizado nos municípios de Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina, no Sertão do São Francisco e possui uma área de 110.110,25 hectares.

O RVS é considerado a maior unidade de conservação criada pelo Estado de Pernambuco, visando proteger o bioma caatinga, sua fauna e flora. Nos municípios citados, os agricultores e entidades ligadas à agricultura familiar pedem a reversão do Refúgio para uma Área de Proteção Ambiental (APA), permitindo que haja área de proteção e área para cultivo da agricultura familiar.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Agricultores Familiares de Petrolina(Sintraf), Isália Damascena foi uma das presentes no Plenário e lembrou da luta dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. “Essa luta não vai terminar agora, os prefeitos se sentaram e tomaram a decisão de suspender esse decreto e os agricultores querem que seja feita a revogação [do decreto], mas a gente sabe que não é de uma hora pra outra“, pontuou.

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