Acusado de matar a vereadora Marielle Franco, Ronie Lessa é indiciado por tráfico de armas

Preso e acusado pelos homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o policial militar reformado, Ronie Lessa, foi indiciado por tráfico internacional de armas pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), do Rio de Janeiro.

Ao G1, portal de notícias das Organizações Globo, o titular da Desarme, Marcus Amim, afirmou que  Lessa traficava armas dos Estados Unidos desde 2014 com a ajuda da própria filha. Mohana Figueiredo morava nos Estados Unidos e também foi indiciada.

A investigação tomou por base conversas e arquivos encontrados em telefones celulares apreendidos no dia da prisão do ex-PM. Os relatórios produzidos pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro e Ministério Público daquele estado foram encaminhado para a especializada, que instaurou um novo inquérito com a finalidade de apurar a atividade ilegal.

“De acordo com os investigadores, peças e acessórios eram adquiridos em sites de venda de armas e em países como China, Nova Zelândia e Estados Unidos. De lá, eram mandados para o Rio de Janeiro”, diz o G1.

A investigação ainda encontrou indícios de que um dos filhos de Lessa, menor de idade, tirou fotos com armas reais. Em consequência ao fato, parte da apuração foi encaminhada à Vara de Infância e Juventude.

“Tem algumas fotos que ele ostenta o que a gente crê que sejam armas de fogo de verdade. Por isso, ele já é passível de receber medidas socioeducativas”, explicou o delegado.

Em uma conversa de 13 de agosto de 2018, pelo Whastapp, Mohana envia ao pai a foto de uma peça de fuzil. Na troca de mensagens, a Desarme encontrou ainda uma orientação de Lessa à filha. “Escreve ‘metal parts’ [peças de metal]”. A polícia acredita que essa descrição do que estava sendo mandado para o Brasil era uma forma de burlar a fiscalização.

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