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A autorização do saque de uma parcela do FGTS para que trabalhadores possam quitar empréstimos com bancos está sendo estudada pelo governo Michel Temer para tentar acelerar a recuperação da economia brasileira.
Outra medida sob análise do Palácio do Planalto é a liberação de recursos que os grandes bancos depositam obrigatoriamente no Banco Central, os depósitos compulsórios, para usá-los no refinanciamento de dívidas de pessoas jurídicas e físicas.
As duas propostas, que ainda dependem de um acerto final entre Temer e o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), buscam combater o que é visto como um dos principais entraves para a retomada do crescimento: o endividamento de empresas e consumidores.
Na avaliação da equipe econômica e do mercado, o país está demorando para sair da recessão por causa do elevado endividamento de empresas e consumidores, que estão passando por um processo de reestruturação de suas dívidas, mas que ainda não se completou.
Isso levou, segundo assessores presidenciais, a um travamento do mercado de crédito, não confirmando a expectativa inicial do governo de que o país voltaria a crescer já no fim deste ano.
Segundo pesquisa da Serasa Experian, havia 59,3 milhões de inadimplentes no país em agosto, o que representa cerca de 40% da população acima de 18 anos.
Em relação ao FGTS, um assessor presidencial disse que a proposta seria uma ajuda às pessoas em dificuldades de pagar empréstimos, que têm taxas de juros elevadas, com um recurso que já é delas e rende menos (rotineiramente o rendimento é inferior à inflação).
As medidas já foram apresentadas ao presidente Temer, que ainda não bateu o martelo e mantém conversas com a equipe de Meirelles. Temer, contudo, deseja anunciar ainda neste ano um conjunto de medidas para mostrar que seu governo não está parado até que as reformas estruturais de médio e longo prazos tenham efeito sobre a economia do país.
Fonte Folha de São Paulo