Após fechar o pregão anterior no menor patamar desde agosto de 2024, o dólar comercial iniciou esta quinta-feira (3) em leve alta, oscilando entre R$ 5,43 e R$ 5,446.

A moeda norte-americana havia encerrado a quarta-feira (2) cotada a R$ 5,4191, com queda de 0,77%, refletindo expectativas de corte nos juros dos Estados Unidos.

A alta nesta quinta ocorre em meio à divulgação de novos dados do mercado de trabalho norte-americano. Segundo informações divulgadas hoje, a economia dos EUA criou 147 mil empregos em junho, número acima da expectativa de 110 mil.

O dado reduziu temporariamente as apostas de que o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, possa iniciar cortes de juros no curto prazo — o que tende a favorecer o dólar globalmente.

Apesar da leve valorização, o dólar acumula queda de 1,13% na semana e de mais de 12% no ano de 2025. A recente desvalorização tem sido impulsionada pelo fluxo de capitais para economias emergentes, como o Brasil, em meio à perspectiva de juros mais baixos nos EUA e à alta nas commodities, que favorece países exportadores.

No mercado acionário, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou a quarta-feira em 139.051 pontos, com queda de 0,36%. O recuo foi atribuído à realização de lucros, especialmente em ações de grandes bancos, apesar da valorização dos papéis de petroleiras e mineradoras.

A tendência do câmbio e da bolsa segue sensível a indicadores econômicos internacionais, especialmente os que envolvem a política monetária norte-americana. O mercado aguarda os próximos desdobramentos com cautela, mas mantém o otimismo com o desempenho recente da moeda brasileira frente ao dólar.