“Não matei, não roubei, não trafiquei”, diz Gilson Machado após ser preso

(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, que foi preso na manhã desta sexta-feira (13) pela Polícia Federal, declarou publicamente sua inocência em relação às acusações que motivaram sua detenção. Ele foi encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), localizado no município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.

Machado é investigado por suposta tentativa de facilitar a emissão de um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com o objetivo de possibilitar sua saída do país. No entanto, o ex-ministro nega qualquer envolvimento irregular no caso.

Em sua primeira declaração após a prisão, Gilson Machado afirmou que não cometeu nenhum crime e que seu único contato com o Consulado de Portugal foi para buscar informações sobre a renovação do passaporte de seu pai, um idoso de 85 anos com cidadania portuguesa. Ele afirmou nunca ter comparecido a consulados ou embaixadas, nem no Brasil, nem no exterior.

“Não matei, não roubei, não trafiquei drogas. Apenas liguei para saber sobre o passaporte do meu pai. A justiça divina tarda, mas não falha”, disse, acrescentando que existem registros de ligações e áudios que comprovam a natureza do seu contato com o consulado.

A defesa do ex-ministro reitera que não houve qualquer tentativa de intermediar documentos para terceiros e que as ações de Machado foram motivadas unicamente por cuidado familiar. O caso segue sob investigação da Polícia Federal.

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