Trump eleva pressão sobre Irã após ofensiva de Israel e exige novo acordo nuclear

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar duramente o governo iraniano nesta sexta-feira (13), ao comentar a recente série de bombardeios realizados por Israel contra alvos estratégicos no Irã.

Através de sua rede social Truth Social, Trump afirmou que os ataques “ainda vão piorar” se o país não aceitar um novo acordo nuclear. Ele atribuiu aos líderes iranianos a responsabilidade pela escalada do conflito e disse que “já houve grande morte e destruição”.

Segundo Trump, o Irã desperdiçou diversas oportunidades para negociar, apesar dos esforços de sua gestão em buscar um acordo. Para ele, o regime iraniano ignorou os alertas de que os Estados Unidos possuem o que chamou de “o melhor e mais letal equipamento militar do mundo”, e destacou que Israel possui esse armamento e sabe como utilizá-lo.

As declarações surgem em um momento de tensão máxima no Oriente Médio. Israel confirmou ter mobilizado 200 aeronaves para bombardear cerca de 100 alvos em território iraniano, classificando a operação como “ataque preventivo” para conter avanços do programa nuclear do Irã. Explosões foram registradas em Teerã e em outras regiões estratégicas, incluindo a instalação nuclear de Natanz, onde a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que não houve liberação de radiação.

Fontes da mídia estatal iraniana confirmaram a morte de figuras importantes do aparato militar do país, como o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe do Estado-Maior, Mohamed Bagheri. Seis cientistas nucleares também estariam entre os mortos, e cerca de 50 civis, incluindo mulheres e crianças, teriam sido feridos nos ataques.

O governo israelense justificou a ação alegando que o Irã está cada vez mais próximo de alcançar um ponto irreversível no desenvolvimento de armas nucleares. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, descreveu o ataque como essencial para a autodefesa do país.

Apesar de Israel ter agido de forma independente, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que os americanos tinham conhecimento prévio da operação. O Irã, por sua vez, acusou Washington de cumplicidade, afirmando que os ataques não poderiam ter ocorrido sem o apoio logístico dos Estados Unidos.

A crise acontece às vésperas da sexta rodada de negociações entre Estados Unidos e Irã sobre o programa nuclear, que está marcada para domingo, em Omã. Trump, no entanto, foi categórico ao declarar que Teerã precisa agir rapidamente para evitar um cenário de destruição completa, deixando claro que, para ele, não há mais margem para erro: ou o Irã assina um novo acordo, ou enfrentará consequências ainda mais severas.

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