
Servidores acompanham votação (Foto: Thiago Santos/Rádio Jornal Petrolina)
Com uma hora de atraso, a Câmara de Vereadores de Petrolina iniciou a sessão desta quinta-feira (18), com um clima de tensão e Plenário repleto de servidores, que aguardavam a votação de uma mudança na Reforma da Previdência do município. A matéria foi enviada pelo Poder Executivo e mesmo com pedido de Gilmar Santos (PT) para retirada, o texto foi mantido em pauta.
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Oposição critica projeto e falta de diálogo
De pronto, os membros da Oposição entoaram críticas ao texto pela falta de transparência nas informações. Samara da Visão (PSD) foi a primeira a falar. Para ela, o projeto “é uma coisa muito obscura” e que não cabe “a gente tirar direitos de vocês [servidores]”.
Líder da Bancada de Oposição, Marquinhos do N4 (Podemos). “Toda essa Casa deveria seguir o exemplo e estar unido com vocês. Se a Previdência está quebrada, a gente solicita que mandem para essa Casa, onde está esse débito“, afirmou.
Gilmar também falou sobre a situação da Previdência e reforçou a fala dos colegas. “Por que esse debate não é feito de forma transparente?“, destacou. Elismar Gonçalves (Podemos) lembrou que o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindsemp) não concordou com o projeto do Executivo e que não há como a Oposição ser favorável ao texto.
“Luz ao debate”
Quando o primeiro integrante da Situação iniciou sua fala – Diogo Hoffmann (PSC) – houve manifestações dos servidores, que não gostaram das palavras do edil. Ele citou ser servidor do INSS e que é necessário trazer “razão ao debate”, já que a Oposição trouxe argumentos “apaixonados”.
“Se o município não se adequar às novas regras, o IGEPREV fecha. Nós não estamos tirando direito, nós estamos ajustando às regras federais“, salientou, lembrando que a reforma é necessária para não faltar dinheiro para os aposentados e pensionistas.
Ameaça de remover servidores da votação
O presidente da Casa usou a palavra e ameaçou retirar o público do Plenário, se não fosse respeitado o tempo da palavra dos vereadores. E chegou a citar utilizar a Guarda Civil Municipal para esvaziar o espaço. O líder da Situação, Ronaldo Silva (PSDB) foi ainda mais radical: “Coloca o projeto em votação, sem discussão e acabou”. Com ânimos mais acalmados, o projeto segue sendo debatido.
A votação pode ser acompanhada no link a seguir: