Univasf e CFF desenvolvem ferramentas de comunicação para comunidade surda no campo farmacêutico

Foto: Ascom

A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em parceria com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), está avançando no desenvolvimento do Programa FarmaLibras, que visa facilitar a comunicação com a comunidade surda no contexto farmacêutico.

O programa inclui o Aplicativo Web FarmaLibras e o Vocabulário Terminográfico Farmacêutico Bilíngue (Português-Libras), com previsão de lançamento durante o III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas em novembro, na cidade de Foz do Iguaçu (PR).

Apresentados na 69ª Reunião Geral dos Conselhos Federal e Regionais de Farmácia em março, os coordenadores do FarmaLibras, Deuzilane Nunes e Tarcísio José Palhano, detalharam as funcionalidades das ferramentas.

A ocasião também permitiu a exposição das ações do programa ao reitor da Univasf, Telio Nobre Leite, e ao presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João, em uma reunião realizada na sede do Conselho Federal de Farmácia.

O Programa FarmaLibras tem como objetivo primordial incentivar o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras) entre farmacêuticos e desenvolver meios de comunicação acessíveis para pessoas surdas que utilizam Libras.

Atualmente, as principais ações do programa incluem um curso básico de Libras na plataforma Edu.farma, certificação prática em Libras no contexto farmacêutico, o desenvolvimento do Vocabulário Terminográfico Farmacêutico Bilíngue e a criação de um Aplicativo Web para facilitar a comunicação entre farmacêuticos e pacientes surdos usuários de Libras.

O Vocabulário Terminográfico Farmacêutico Bilíngue passa por uma fase final de revisão na língua portuguesa antes de ser submetido à avaliação linguística em Libras. Segundo Deuzilane Nunes, professora do Colegiado de Farmácia da Univasf, a elaboração desse vocabulário envolveu pesquisa científica para identificar os termos mais urgentes e necessários, seguido pela criação de verbetes e mapeamento dos sinais em Libras nas comunidades surdas do Brasil.

Já o Aplicativo Web FarmaLibras, em desenvolvimento simultâneo ao vocabulário, servirá como uma ferramenta de auxílio à comunicação farmacêutica em situações onde um dos interlocutores não domina a Libras. O aplicativo está passando por testes de usabilidade do protótipo em conjunto com sua programação.

O Programa FarmaLibras, desenvolvido pelo Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) da Univasf, conta com a colaboração de uma equipe composta por 81 pessoas, incluindo docentes, bolsistas e voluntários da instituição, além de especialistas em Libras de outras universidades, como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Instituto Federal de Brasília (IFB) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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